O Hub Criativo do Beato, em Lisboa, foi o palco escolhido para um Pitch Day, momento em que cada start-up fez uma apresentação breve da sua empresa e em que as que mais se destacaram pelo seu potencial inovador passaram a ter acesso direto à edição de 2016 da Web Summit e à possibilidade de interagir com o ecossistema empreendedor global.
Além de empreendedores, visionários, investidores, empreendedores e CEO, ao palco do Road 2 Web Summit subiram alguns representantes do Governo. O Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, anunciou o arranque de algumas das medidas do novo programa de apoio ao empreendedorismo, entre elas os Vales de Incubação. No mesmo âmbito, foram também lançados os StartUP Vouchers, uma iniciativa promovida em parceria com o IAPMEI destinada a jovens com idades entre os 18 e os 35 anos, que não tenham outra fonte de rendimento, nem uma empresa já constituída.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, acredita que “o mercado vai encontrar as boas ideias”, pelo que, ao apoiar as pequenas empresas, pretende-se que Lisboa se assuma como “uma casa aberta a todos e um grande centro de inovação e criatividade”.
O primeiro-ministro António Costa frisou que a cultura do empreendedorismo tem que ser constantemente alimentada e que o nosso mercado não se circunscreve à dimensão, mas se estende pelo mundo fora, pelo que as empresas portuguesas devem apostar na internacionalização dos seus negócios e das suas ideias. Frisou “o talento, a capacidade, a vontade e a inovação” dos portugueses para “alavancar a cidade de Lisboa”. Anunciou as linhas de financiamento de Business Angels (26 milhões euros) e Capitais de Risco (100 milhões de euros) destinados a projetos empreendedores. “São as duas maiores linhas de financiamento abertas para criar start-ups em Portugal”, adiantou.
“Lisboa é uma grande cidade para o empreendedorismo”, disse António Costa, sem deixar de referir que as cidades do Porto, Aveiro, Braga e Coimbra fazem, também, parte do sistema que dá vida ao empreendedorismo e à inovação em Portugal.
O Road 2 Web Summit contou ainda com a presença de Anthony Douglas, presidente executivo e fundador da portuguesa Hole 19 – aplicação móvel de golfe; de Qasar Younis, da Y Combinator, tida como a maior aceleradora de start-ups do mundo; e alguns elementos do programa televisivo “Shark Tank”.
O CEO da Web Summit, Paddy Cosgrave, referiu o grande potencial empreendedor e inovador que “corre nas veias” de Lisboa. Adiantou, em entrevista à agência Lusa, que o evento já conta com “5.000 participantes portugueses, dos quais 150 são ‘top’ start-ups e esse número só vai crescer nas próximas semanas”.
Paddy Cosgrave anunciou, ainda, que Lisboa foi a cidade que escolheu para receber o primeiro escritório da Web Summit fora da Irlanda. “Vamos abrir o primeiro escritório da Web Summit fora da Irlanda. Vai ser em Lisboa. Estamos à procura de pessoas incríveis”.
Lançado pela Startup Portugal – estratégia do Governo para o empreendedorismo – em parceria com a Web Summit, o Road 2 Web Summit chega agora à sua fase final, depois de ter contado com 237 inscrições, das quais 170 foram aprovadas para o pitch, como disse o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, à Lusa.
Durante o concurso decorreram também workshops, office hours e sessões de mentoring que visaram dotar as start-ups de coaching – formação intensiva, de forma a beneficiarem da melhor preparação para uma representação na Web Summit. Houve igualmente um “Espaço Ecossistema” onde as start-ups e incubadoras foram convidadas a expor o seu projeto.
A Web Summit é uma conferência global de tecnologia que decorrerá este ano em Lisboa – e nos dois anos seguintes, com possibilidade de mais dois anos, onde são aguardados mais de 50.000 participantes, de mais de 150 países, incluindo mais de 20.000 empresas, 7.000 presidentes executivos, 700 investidores e 2.000 jornalistas internacionais.
Fique a conhecer a lista das 66 start-ups selecionadas aqui
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