Estes nascimentos constituem uma notícia muito positiva para esta espécie que tem uma taxa de sobrevivência muito reduzida nos primeiros anos de vida. Segundo um comunicado divulgado pelo RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens – “os resultados obtidos representam já o equivalente a um acréscimo de cerca de 1/3 da população total existente nas lagoas inseridas no projeto”.
As crias nascidas em cativeiro serão libertadas depois de completarem os dois anos de vida. Do total de cágados nascido em Portugal, 41 nasceram nas instalações do RIAS e 3 nasceram no Parque Biológico de Gaia. Estes nascimentos mostram que o Projeto LIFE Trachemys está a ter sucesso na sua missão.
O programa resulta de uma parceria luso-espanhola, entre o CIBIO, o Parque Biológico de Gaia e a associação ALDEIA/RIAS, em Portugal e a Generalidade Valenciana e a empresa Vaersa, em Espanha.
As fémeas grávidas foram capturadas na Ria Formosa, em Maio, “no âmbito das ações de captura de tartarugas da Flórida, uma espécie exótica invasora estabelecida recentemente em Portugal”, explica o comunicado. Depois, foram devolvidas à natureza no mesmo local em que tinham sido capturadas.
A Tartaruga da Flórida tem-se estabelecido em várias zonas húmidas portuguesas, fruto da libertação de animais de estimação em meios naturais, algo que tem um impacto muito negativo na fauna autóctone. Esta é uma ação punida por lei, por isso o RIAS apela a que todas as pessoas que queiram libertar os seus cágados, os entreguem em Centros de Receção oficiais e não na natureza.