O conhecimento financeiro é fundamental para a gestão do orçamento familiar. Ciente da importância deste tema, o Observador Cetelem volta a lançar um estudo dedicado à Literacia Financeira dos portugueses. Os resultados indicam que não há um forte conhecimento de conceitos económicos e que apenas 42% dos inquiridos consideram ter bom nível de literacia financeira.
A Literacia Financeira faz parte do nosso quotidiano e é determinante para a tomada de decisões de forma mais consciente, mas também para uma economia mais saudável, numa sociedade informada e ciente dos seus direitos e deveres. Este estudo aborda três matérias que consideramos estarem relacionados com a Literacia Financeira. Em primeiro lugar, o controlo do orçamento familiar, o rendimento e as despesas mensais; mas também as poupanças e a preparação de reforma; e a subscrição de crédito.
Todos os inquiridos por este estudo foram abordados no sentido de opinar sobre os seus conhecimentos quanto a expressões financeiras, de testar se conhecem conceitos associados ao crédito e de avaliar o acesso à formação financeira. Por fim, foi também efetuado um pequeno ponto de situação quanto à relação dos portugueses com as novas tecnologias financeiras, nomeadamente, com as novas formas de pagamento.
Sobre os conhecimentos de literacia financeira, 42% dos inquiridos pelo estudo do Observador Cetelem consideram ter, no mínimo, um bom nível de literacia financeira. No entanto, face a uma realidade social que cada vez mais exige especial atenção ao jargão financeiro, não há ainda um forte conhecimento de conceitos económicos. Ainda assim, regista-se uma melhoria face aos resultados de 2017, quando apenas 39% dos cidadãos assumiram ter, pelo menos, um bom nível de literacia financeira (um aumento de 3 pontos percentuais). Face ao último ano, cresce também o total daqueles que admitem pouco saber desta matéria – 17% este ano, mais 6 pontos percentuais que no estudo elaborado no ano transato.
Na avaliação nacional destes conhecimentos financeiros, 42% dos portugueses consideram que a sociedade não está nem bem, nem mal informada; enquanto 29% observam que o conhecimento nacional destas matérias é “bom” ou “muito bom”. Com estes números, diminui a crença dos portugueses nos conhecimentos dos seus concidadãos (em 2017, mais 4% dos inquiridos consideravam que tinham bons ou muito bons conhecimentos a este nível) e aumenta o número daqueles que avaliam que os conhecimentos nacionais são “maus” ou “muitos maus” – 13%, mais 5 pontos percentuais que em 2017.
Face destes valores, 53% dos inquiridos reconhecem a importância de ser ministrada mais formação financeira e atribuem esse dever a Instituições Financeiras, ao Banco de Portugal e às Escolas. Segundo Leonor Santos, Diretora de Compliance e Jurídico do Cetelem, “estas conclusões mostram não só que ainda há um longo caminho a percorrer na educação financeira dos portugueses, mas também realçam um interesse em superar os desafios que lhe estão inerentes. Um bom nível de educação financeira facilita e permite a tomada de decisões adequada às necessidades, motivo pelo qual consideramos fundamental a aposta na formação. Não é por acaso que a maioria dos portugueses inquiridos neste estudo apontam a gestão orçamental e a poupança como prioritárias para um melhor conhecimento financeiro dos cidadãos”.
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