A Pêra Passa, uma das maiores riquezas da Região Interior Centro, vai ser revalorizada graças à aprovação de um incentivo financeiro de cerca de 400 mil euros.
A Pêra Passa, uma das maiores riquezas da Região Interior Centro, vai ser revalorizada graças à aprovação de um incentivo financeiro de cerca de 400 mil euros. A libertação dos fundos comunitários surge na sequência de um projeto apresentado pela BLC 3 – Plataforma de Desenvolvimento da Região Interior Centro em Outubro de 2011, que agora foi aceite pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
De acordo com um comunicado enviado ao Boas Notícias, o projeto passa pela criação de uma unidade piloto que descasca, desidrata, espalma e embala a Pêra Passa, também conhecida como Pêra de S. Bartolomeu, bem como outras frutas, automatizando, assim, todo o circuito que vai desde a produção até à entrada na cadeia comercial.
Segundo a BLC 3, os testes feitos na unidade piloto permitirão, mais tarde, a industrialização desta “grande riqueza regional” e a sua recuperação para o mercado nacional e internacional, depois de quase ter desaparecido por falta de investimento tecnológico.
O objetivo é, portanto, “inovar, com um novo modus operandi”, dando resposta à apetência crescente pelos frutos secos, que são altamente valorizados por todo o mundo. Ao todo, são 401,076 mil euros que vão contribuir para este propósito no âmbito do “Compete – Programa Operacional Factores de Competitividade”.
Em 1930, só no concelho de Oliveira do Hospital, o principal solar da Pêra Passa, produziam-se 90 toneladas daquele fruto. Atualmente, num processo que continua a recorrer a métodos ancestrais, “meia dúzia” de toneladas de Pêra Passa são produzidas em território português, em especial nos concelhos de Oliveira do Hospital, Tábua, Seia e algumas freguesias de Viseu, Nelas, Gouveia, Mangualde e Santa Comba Dão.
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