É o Universo a dar-nos música. As descobertas cósmicas registadas pelas sondas Voyager I e II da NASA foram traduzidas numa peça musical. Domenico Vicinanza, um músico com doutoramento em Física, juntou dados recolhidos das profundezas do espaço ao l
É o Universo a dar-nos música. As descobertas cósmicas registadas pelas sondas Voyager I e II da NASA foram traduzidas numa peça musical. Domenico Vicinanza, um músico com doutoramento em Física, juntou dados recolhidos das profundezas do espaço ao longo de 36 anos e transformou-os em música.
Domenico Vicinanza, responsável de projeto na GÉANT (rede de dados europeia de alta velocidade), usou 320.000 medições recolhidas no intervalo de uma hora pelo detetor de raios cósmicos a bordo de cada nave espacial para construir a peça.
“Eu queria compor uma peça musical que celebrasse o Voyager I e II, então usei as mesmas medidas de ambas as naves, exatamente no mesmo ponto do tempo, mas em vários milhares de milhões de quilómetros de distância um do outro”, revela o músico em comunicado de imprensa.
Diferentes grupos de instrumentos e texturas sonoras foram utilizados para representar os medições de cada sonda e produzir o efeito de um dueto musical para piano e cordas.
O resultado da conversão para uma forma de onda criou uma ampla coleção de sons audíveis que dura desde alguns segundos a algumas horas.
O físico explica que “analisar uma melodia é exatamente o mesmo que olhar para os dados numa folha branca, mas utilizando o ouvido”. “O conteúdo informativo é exatamente o mesmo, é representado por regularidades, padrões, mudanças, tendências e picos”, acrescenta.
A este fenómeno designa-se por “data sonification” e é utilizado para detetar tendências, correlações e regularidades de longo alcance em dados que são difíceis de identificar olhando para os números tornando-se mais fáceis de interpretar através da audição.
Notícia sugerida por António Resende