O envelhecimento demográfico em Portugal continua a acentuar-se, e numa sociedade cada vez mais envelhecida, importa saber quais as precauções dos portugueses para a reforma. Segundo dados do Observador Cetelem Literacia Financeira, 27% dos inquiridos preparam este período, principalmente através de Contas a Prazo (12%) e a Planos de Poupança Reforma (7%).
O envelhecimento da população portuguesa, fruto de vários progressos, como a melhoria da qualidade de vida e diminuição da natalidade, resultou também na redução acentuada da população ativa. Contudo, e apesar do aumento da idade da reforma, parece ter aumentado também a preocupação com este período de vida. Segundo dados do Observador Cetelem Literacia Financeira, apenas 13% dos inquiridos manifestavam tomar medidas para acautelar a reforma em 2016, valor que sobe 6 pontos percentuais no ano seguinte e que em 2018 atinge os 27%.
As contas a prazo continuam a ser a medida de eleição, com 12% das escolhas; valor muito semelhante ao de 2017 (11%). Também os Planos de Poupança Reforma (PPR) são mencionados por 7% dos inquiridos, um aumento de 5% face ao ano passado.
“Mesmo com o aumento das despesas mensais fixas no orçamento familiar, os portugueses revelam uma diminuição na dificuldade de pagar os seus compromissos, até quando inesperados. Ao sentirem-se mais confortáveis na gestão do seu orçamento, encontram uma maior possibilidade de poupar, seja ao nível geral, seja para uma finalidade específica, como é o caso da reforma», comenta Leonor Santos, Diretora de Compliance e Jurídico do Cetelem.
Apesar do aumento da percentagem de portugueses que prepara a reforma, a grande maioria refere nada fazes neste sentido. Esta percentagem recuou de 78% em 2017, para cerca de 70% em 2018, pelo que resta esperar que esta crescente preocupação seja uma evolução estrutural, e não apenas conjuntural.