Cerca de 250 mil alunos da escola pública deverão receber, este ano letivo, cheques-dentista, que, pela primeira vez, vão abranger jovens de 16 anos.
Cerca de 250 mil alunos da escola pública deverão receber, este ano letivo, cheques-dentista, que, pela primeira vez, vão abranger jovens de 16 anos. O anúncio foi feito pela Ordem dos Médicos Dentistas, que anunciou que deverão ser distribuídos 320 mil cheques para crianças de 7, 10, 13 e 16 anos.
“Este ano, a novidade é que as crianças de 16 anos que já estiveram no programa anteriormente serão também abrangidas pela distribuição dos cheques-dentista nas escolas”, explicou à Lusa o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva.
Segundo o responsável, a listagem das crianças e dos cheques a emitir está ainda a ser ultimada pelas autoridades de saúde e pelas escolas, mas a Ordem espera que os mesmos sejam distribuídos durante o primeiro período, sendo que a rapidez da distribuição depende em muito da logística de cada instituição de ensino.
Orlando Monteiro da Silva realçou, porém, que os cheques têm, geralmente, a validade de um ano letivo, pelo que é importante que os pais acedam a eles o mais cedo possível com vista à realização de marcações nos médicos ou clínicas que aderem ao programa. No total, são cerca de 3.000 médicos dentistas e estomatologistas disponíveis numa rede que é nacional, com total liberdade de escolha pelos pais.
As crianças não diretamente abrangidas pelos cheques, isto é, as que têm 8, 9, 11 e 12 anos, podem também usufruir do programa de saúde oral caso os médicos de família as referenciem para tratamento nos consultórios aderentes, adiantou o bastonário.
Este ano, o programa dispõe de um orçamento de 16,5 milhões de euros, o mesmo montante do ano passado, e, além das crianças, irá abrangir os idosos inscritos no complemento solidário, as grávidas acompanhadas no Serviço Nacional de Saúde e os portadores de VIH/SIDA.
No início do próximo ano deverá ainda arrancar o programa de rastreio, diagnóstico precoce e encaminhamento para o cancro oral, acordado entre a Ordem dos Médicos Dentistas e o Ministério da Saúde, revelou Orlando Monteiro da Silva.
Quanto ao cancro oral, o programa de rastreio, diagnóstico precoce e encaminhamento acordado entre a Ordem e o Ministério da Saúde deverá arrancar no início do próximo ano, segundo Orlando Monteiro da Silva.