Cultura

16mm: Filme português vence ouro na Indonésia

O filme independente "1.ª vez 16 mm", do Rui Goulart, venceu um galardão de ouro nos Prémios Internacionais de Cinema de Jacarta, na Indonésia, informou hoje a Chiado Terrasse Filmes, produtora da longa-metragem.
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O filme independente “1.ª vez 16 mm”, do Rui Goulart, venceu um galardão de ouro nos Prémios Internacionais de Cinema de Jacarta, na Indonésia, informou hoje a Chiado Terrasse Filmes, produtora da longa-metragem.
 
O Prémio de Ouro, atribuído na categoria de longa-metragem, soma-se a outros já conquistados no México e nos Estados Unidos, entre os quais uma menção honrosa no Prémios de Cinema de Los Angeles, um dos principais organismos oficiais norte-americanos na área do cinema, como noticiou o Boas Notícias em 2012.
 
“Qualquer prémio é importante, pois é o reconhecimento do nosso trabalho, quer pelo público, quer pelos profissionais da área, e este, em especial, pois vem de um continente com um relacionamento histórico com o mundo português. Sendo eu de Angola (luso-angolano), sinto-o de forma particular”, afirmou Rui Goulart à agência Lusa.
 


O realizador responsável por oito películas sublinhou que “o facto de com este filme estar a receber um maior número de prémios e que estes sejam mais relevantes é muito importante, pois este filme conta a história da produção de um filme independente”.
 
Rui Goulart, que que não se deslocou à Indonésia a 24 de Setembro para receber o prémio por se encontrar a preparar filmagens, espera que o sucesso de “1ª vez 16 mm” inspire a criação de mais cinema independente em Portugal.
 
O filme de 2008 – realizado em Portugal, Itália, França e Espanha – conta a história de um realizador independente que deseja produzir a sua primeira longa-metragem e que tem de optar pelo formato de 16mm, por ser o mais barato.
 
Para além de Rui Goulart, que também veste o papel da personagem principal, fazem parte do elenco a espanhola Marisa Paredes, que entrou em “A vida é bela”, de Roberto Benigni, João d'Ávila, Adelaide João, António Victorino d'Almeida, entre outros.
 
“Para nós, [o Prémio de Ouro] é muito importante. É um filme independente e que tem tido bastante reconhecimento lá fora. Foi o primeiro filme português a estrear nos Estados Unidos”, destacou Sofia Cortez, assessora da Chiado Terrasse Filmes, em declarações à agência Lusa.
 
Após a longa-metragem ter também estreado em países como o Brasil, a Dinamarca, Cabo Verde, Israel e China, a produtora tenta expandir esta presença nos mercados asiático e ocidental, estando neste momento em conversações para a estreia no Canadá.
 
Os filmes premiados estão a ser exibidos em Jacarta desde ontem, numa mostra gratuita que termina a 6 de Outubro.

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