A primeira edição do Manobras – Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas foi apresentada em Alcobaça.
De 7 de setembro a 29 de outubro, o Manobras – Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas, que está integrado no projeto Outros Centros e conta com o apoio do Programa Operacional Centro 2020, irá passar por 13 dos 15 municípios que fazem parte da Artemrede. Abrantes, Alcanena, Alcobaça, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Pombal, Santarém, Sesimbra, Sobral de Monte Agraço e Tomar, e que acolhem mais de dez espetáculos e uma oficina que desenham percursos pelo património, revisitando lugares e descobrindo histórias, e prometem captar tanto os mais jovens e as famílias, como um público adulto recetivo a propostas transdisciplinares.
Na secção Manobras Nacionais estão incluídos três espetáculos e uma oficina de criadores portugueses. A bailarina Ainhoa Vidal dá vida a Asas de Papel, uma criação poética sobre o espaço cenográfico que salta para fora dos livros, enquanto a companhia Erva Daninha, em cocriação com Binaural/Nodar, apresentam E_nxada, um espetáculo de circo contemporâneo que remete para a ruralidade. Do Teatro e Marionetas de Mandrágora chegam Queixa_Te, que explora a riqueza imaginativa da história de D. Quixote, e a oficina de teatro de papel, Caixa das Histórias Ensarilhadas.
Na secção Manobras Internacionais cabem cinco espetáculos criados por companhias com origem na Holanda e no Chile – esta última, fruto de uma parceria com o Museu da Marioneta de Lisboa e Passado e Presente – Lisboa Capital Ibero-Americana da Cultura 2017. Tutu, da companhia holandesa Lichtbende, promete deslumbrar o público com um espetáculo de dança que inclui a projeção de lanternas mágicas num ecrã gigante e com Mãos ao Alto! o também holandês Leo Petersen irá apresentar várias personagens utilizando apenas as mãos e uns pedaços de madeira em forma de olhos. Do Chile chegam a companhia Silencio Blanco com Chiflón, o Silêncio do Carvão e Pescador, ambas histórias que prestam homenagem a ofícios agora esquecidos, e a Companhia de Teatro OANI com Trilogia Livre em Lambe Lambe, um teatro de marionetas em miniatura que envolve o espectador numa experiência íntima e mágica.
Por último, a secção Manobras pelos Territórios, com projetos que envolvem as comunidades locais, inclui a Residência e Apresentação de Colecção de Coleccionadores da artista Raquel André, o projeto Museu da Existência da companhia de teatro Amarelo Silvestre, o espetáculo Geometrias do Diálogo, dos franceses JUSCOMAMA, que coloca em cena duas marionetas que se desenham, apagam e partem à descoberta uma da outra, e o filme Ne pas Couper – Tramagal do artista António-Pedro. Aqui se inclui também o espetáculo de rua Transportadores, da companhia Radar 360°, que marca a abertura do festival, no dia 7 de setembro, pelas 22h, no Mosteiro de Alcobaça.