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Universidades e Politécnico juntam-se para uma solução amiga do ambiente

No âmbito do estudo foram produzidos protótipos para vários tipos de indústria
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por redação

Os investigadores das Universidades de Coimbra (UC) e Aveiro (UA) e do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) juntaram-se na procura de uma solução para o plástico não biodegradável e para os resíduos gerados pela indústria da madeira, promovido pelo grupo empresarial Vangest.

Foi desenvolvida, por uma equipa liderada por Filipe Antunes, uma gama de materiais compósitos biodegradáveis a partir da combinação de diversos plásticos com fibras vegetais (serradura de pinho e fibras de celulose extraídas da madeira) para aplicação em diversos setores de atividade.

Os materiais compósitos resultam da combinação de dois ou mais produtos com propriedades individuais que não são compatíveis. É o que se passa nesta investigação que foi desenvolvida no âmbito de um projeto financiado pelo Quadro de Referência Estratégica nacional. Enquanto os plásticos têm propriedades hidrofóbicas, a madeira tem características hidrofílicas.

O problema é perceber como compatibilizar os dois materiais tão diferentes. “Foi um grande problema que tivemos de ultrapassar. O segredo está em modificar as propriedades de ambos os materiais e obter um produto amigo do ambiente e a um preço de mercado competitivo”, diz Filipe Antunes. “Para compatibilizar estes materiais, utilizámos diversas estratégias como a introdução de aditivos com caráter misto, capazes de fazer a ponte entre as duas naturezas radicalmente opostas, nomeadamente polímeros modificados que se entrelaçam com a matriz do compósito e reagem com as fibras”.

A investigadora da equipa da UC, Gabriela Martins, acrescenta dizendo que fizeram “também modificações na superfície das fibras vegetais, revestindo-as com moléculas hidrofóbicas, conferindo deste modo uma maior afinidade das fibras com a matriz”.

O investigador do Departamento de Química da FCTUC sublinhou que “até conseguir as formulações certas para os fins desejados, garantindo todas as propriedades térmicas e mecânicas, isto é, a resistência necessária para aplicações industriais diversas” foram realizados vários estudos e experiências, depois de modificadas as propriedades de cada um dos materiais.

A equipa de investigação criou alguns protótipos que poderão vir a ser aplicados na indústria automóvel, embalagem, jardinagem e sistemas de sombreamento em prédios.

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