Saúde

UMinho: Investigação ajuda a explicar doenças mentais

Um grupo de investigadores da Universidade do Minho (UMinho) conseguiu demonstrar, numa experiência com ratinhos, que a morte dos astrócitos, células do cérebro que comunicam com os neurónios, pode justificar alterações comportamentais.
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Um grupo de investigadores da Universidade do Minho (UMinho) conseguiu demonstrar, numa experiência com ratinhos, que a morte dos astrócitos, células do cérebro que comunicam com os neurónios, pode justificar alterações comportamentais típicas associadas a doenças mentais como a depressão ou a esquizofrenia.
 
“Se afetarmos os astrócitos, os neurónios serão também afetados por consequência”, explicou à Lusa o investigador João Oliveira, coordenador do estudo publicado na revista científica Molecular Psychiatry e especialista do Instituto de Investigação em Ciências da Vida da Universidade do Minho.
 
De acordo com João Oliveira, o estudo português introduziu “um novo jogador” na investigação, os astrócitos, com o objetivo de explicar as modificações de comportamento que habitualmente ocorrem em doentes mentais, uma vez que já era do conhecimento dos investigadores que, neste tipo de patologia, “há danos” nos neurónios, outras células do sistema nervoso.
 
A equipa da UMinho partiu para a experiência com roedores com base em estudos do tecido cerebral humano, que revelaram que, nos doentes mentais, os astrócitos “estão dimimuídos” em algumas zonas do cérebro.
 
Os investigadores injetaram, então, nos ratinhos de laboratório uma droga – o aminoadipato – para matar os astrócitos numa determinada zona do cérebro – o córtex pré-frontal – precisamente a área afetada em caso de depressão ou esquizofrenia.
 
Após a cirurgia, o grupo testou o comportamento destes modelos animais em termos de memória, atenção e flexibilidade, observando que os mesmos tinham maior dificuldade em assegurar estas funções.
 
Associada à morte de astrócitos, surgiu, também, a morte de neurónios, que começaram “a estar afetados dois a seis dias após a cirurgia”, assinalou João Oliveira, acrescentando que esta experiência “é uma evidência que abre, provavelmente, as portas para um estudo dos astrócitos como possíveis alvos de terapêutica”.
 
Futuramente, os investigadores pretendem apurar até que ponto os astrócitos são ou não afetados ao mesmo tempo que os neurónios, de forma a estudar possíveis meios de de prevenção ou tratamento de determinadas doenças mentais.
 
Durante a próxima investigação planeada, os cientistas vão modificar as funções específicas das células cerebrais através de modelos genéticos para perceber melhor o seu funcionamento a uma escala mais detalhada.

Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês).

Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes

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