Saúde

UMinho: Amamentar reduz risco de depressão pós-parto

A amamentação aumenta o bem-estar psicológico das mães e reduz o risco de depressão pós-parto. A conclusão é de um estudo desenvolvido por um grupo de investigadores portugueses da Universidade do Minho (UMinho) e de Miami, nos EUA.
Versão para impressão
A amamentação aumenta o bem-estar psicológico das mães e reduz o risco de depressão pós-parto. A conclusão é de um estudo desenvolvido por um grupo de investigadores portugueses da Universidade do Minho (UMinho) em conjunto com a Universidade de Miami, nos EUA, recentemente publicado na revista científica “Psychological Medicine”.
 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras entidades internacionais, como a secção da Comissão Europeia para a Saúde Pública, recomendam a amamentação exclusiva durante, pelo menos, seis meses, mas os estudos têm tido dificuldade em identificar que mulheres apresentam maior probabilidade de não manter este tipo de amamentação.
 
A identificação das mães em risco de cessação precoce de amamentação é, portanto, considerada uma prioridade em termos de saúde pública. “Os benefícios da amamentação na saúde da mãe e do bebé têm sido extensivamente demonstrados ao longo dos últimos anos. Contudo, pouco se sabe quanto ao bem-estar psicológico da mãe no período pós-parto”, afirma a investigadora Bárbara Figueiredo, da UMinho, em comunicado enviado ao Boas Notícias.
 
O estudo “Breastfeeding is negatively affected by prenatal depression and reduces postpartum depression”, que contou também com a colaboração de Catarina Canário, da Unidade de Investigação Aplicada em Psicoterapia de Psicopatologia da UMinho e da especialista norte-americana Tiffany Field, da Escola Médica da Universidade de Miami, envolveu 145 mulheres avaliadas no 1.º, 2.º e 3.º trimestres de gravidez, no parto e ao 3.º, 6.º e 12.º mês após o nascimento do bebé.
 
As investigadoras procuraram verificar se a depressão durante a gravidez interferia na duração da amamentação exclusiva e se esta, por sua vez, reduzia o risco de depressão pós-parto e concluíram que as mães com mais sintomatologia depressiva no terceiro trimestre de gestação tendem a amamentar por menos tempo. 
 
Além disso, a equipa coordenada por Bárbara Figueiredo constatou ainda que o aleitamento em exclusivo durante, pelo menos, três meses, beneficia o ajustamento psicológico da mãe após o parto e pode, inclusive, reduzir a incidência da depressão.
 
Doutorada em Psicologia Clínica pela UMinho, Bárbara Figueiredo é professora nesta na UMinho há 22 anos, tendo liderado inúmeros projetos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Bial. 
 
Bárbara Figueiredo é também responsável pela Unidade de Estudos da Família e Intervenção do Centro de Investigação em Psicologia e membro do Serviço de Psicologia da UMinho. Tem mais de duas centenas de publicações a nível nacional e internacional, dedicando-se particularmente à investigação e intervenção no domínio da gravidez e parentalidade.

Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês).

Comentários

comentários

PUB

Live Facebook

Correio do Leitor

Mais recentes

Passatempos

Subscreva a nossa Newsletter!

Receba notícias atualizadas no seu email!
* obrigatório

Pub

Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saiba mais aqui.

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close