Ciência

UA quer enriquecer alimentos com borras de café

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O Departamento de Química da Universidade de Aveiro (UA) tem vindo a descobrir nas borras de café vários compostos que combatem o colesterol, o cancro e que também fortalecem o sistema imunitário. O próximo objetivo da equipa é desenvolver um método para reaproveitar os restos de café, integrando-os nos alimentos do dia-a-dia como reforço antioxidante.
 
A lista de elementos com propriedades saudáveis já descobertas pelos investigadores da UA, desde que em 2007 puseram as mãos nas borras de café, não tem parado de aumentar.

Já foram descobertos vários tipos de antioxidantes que retardam o envelhecimento e bloqueiam os radicais livres que provocam o cancro, polissacarídeos que podem ser utilizados como fibras alimentares benéficas para os intestinos, vários antimicrobianos que inibem o crescimento de bactérias, fungos e vírus e múltiplos imuno-estimuladores que promovem as defesas do organismo. 
  
O objetivo da equipa, afirma o docente Manuel António Coimbra em comunicado, “é que estes elementos, extraídos das borras através de uma tecnologia de baixo custo, possam entrar na indústria alimentar para que, na forma de ingredientes, sejam adicionados aos alimentos, conferindo-lhes novas propriedades não só físicas, pois podem ser espessantes, mas também propriedades que tragam benefícios para a saúde”.
 
Nova técnica de extração pode seduzir indústria alimentar 

O tradicional método de extração usa reagentes alcalinos muito concentrados e uma metodologia morosa e complexa que pode inviabilizar financeiramente a tentativa de implementar estes aditivos na indústria alimentar. Mas o DQ está a desenvolver um procedimento acessível e rápido que tem por base uma tecnologia quase caseira: as micro-ondas.
 
“Assim como nós podemos cozinhar os nossos alimentos com o micro-ondas, o que estamos agora a fazer ao nível do laboratório, e pensamos que depois a nível industrial, é a utilização com algumas alterações da tecnologia deste eletrodoméstico”, desvenda o coordenador da investigação.

Estas modificações tecnológicas “possibilitam, utilizando o aumento da temperatura e num sistema fechado para a água aumentar a pressão dentro do recipiente, que estes compostos possam ser mais facilmente extraídos e de uma forma mais barata”, o que é meio caminho andado para que possam ser rentabilizadas pela indústria alimentar.
 
Assim, se hoje temos nas prateleiras do supermercado iogurtes com bífidos, águas com fibras ou biscoitos com ómega 3, não se surpreenda se, em breve, encontrar nas prateleiras cereais, leite, chocolate e outros produtos alimentares com antioxidantes, imunoestimuladores ou polissacarídeos retirados das borras do café.

[Notícia sugerida por Raquel Baêta]

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