Ciência

Titã: Cientistas querem levar “avião” a lua de Saturno

Uma equipa de cientistas e engenheiros norte-americanos tem estado a trabalhar no plano de construção de um avião especial não-tripulado destinado a viajar até Titã, o maior satélite natural de Saturno.
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Uma equipa de cientistas e engenheiros norte-americanos tem estado a trabalhar no plano de construção de um avião especial não-tripulado destinado a viajar até Titã, o maior satélite natural de Saturno.
 
Chama-se AVIATR e é um veículo aéreo que, de acordo com o conceito dos investigadores da Universidade de Idaho, nos EUA, deverá pesar cerca de 120 kg e voar através da atmosfera de Titã com o objetivo de aumentar o conhecimento desta lua – o único local, além da Terra, onde chove no nosso sistema solar.
 
Jason Barnes, coordenador dos trabalhos, disse ao jornal Universe Today que o AVIATR poderia dar um contributo decisivo na compreensão da geografia de Titã, com as suas montanhas, dunas, lagos e mares, e da própria atmosfera do satélite natural no que respeita ao vento, às nuvens e à chuva. 
 
A grande particularidade da maior lua de Saturno é, precisamente, o facto de ter uma atmosfera muitíssimo densa e de ter água em estado líquido à superfície. Estas características tornam-na fascinante para os cientistas, pelo que a vontade de a conhecer mais a fundo tem sido crescente.
 
Até ao momento, os especialistas acreditavam que a melhor maneira de voar até Titã seria um balão, mas Jason Barnes crê que este projeto poderá quebrar o paradigma. “A lua de Saturno é o melhor local no sistema solar para receber um avião. Podemos ir quando e onde quisermos”, defendeu.

AVIATR junta três veículos diferentes

 
Segundo Barnes, o veículo aéreo que a equipa ambiciona construir é uma junção de três veículos diferentes e independentes: um para viajar no espaço, outro para entrar e descer em Titã e um avião sem tripulantes para, finalmente, voar pela atmosfera da lua de Saturno.
 
“Mesmo que um balão conseguisse chegar a Titã, não seria aconselhável enviá-lo para os pólos, uma vez que têm uma atividade meteorológica muito violenta”, explicou o cientista. “O AVIATR, pelo contrário, é capaz de voar por todo o satélite, até pelos pólos, e é robusto o suficiente para sobreviver em condições adversas”, acrescentou.
 
A construção efetiva do AVIATR teria um custo estimado de 715 milhões de dólares mas não deverá ocorrer antes de 2020, já que o projeto não foi considerado uma das missões planetárias prioritárias para a década atual.
 
Porém, os responsáveis pelo conceito têm esperança de que o momento ideal vai chegar. “Tenho vindo a aperceber-me de que este é o projeto de uma carreira”, confessou Barnes. “Por enquanto, o que queremos é que esta ideia se mantenha viva nas mentes das pessoas e ir recolhendo todas as sugestões possíveis para a melhorar”, concluiu.
 
Caso o plano venha a ser aceite futuramente, o AVIATR levará cerca de sete anos e meio a chegar até Titã e um ano terrestre a efetuar os estudos necessários no terreno.

Clique AQUI para aceder ao artigo onde Jason Barnes e a equipa explicam o conceito do AVIATR.

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