Saúde

Terapia pioneira regenera corações após enfarte

Até hoje, os danos resultantes de enfartes no coração eram considerados irreversíveis. Mas agora, uma equipa de cientistas dos EUA desenvolveu uma terapia celular que consegue regenerar o coração após um ataque cardíaco.
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Até hoje, os danos resultantes de enfartes no coração eram considerados irreversíveis. Mas agora, uma equipa de cientistas dos EUA desenvolveu uma terapia celular que consegue regenerar o coração após um ataque cardíaco. O estudo foi publicado esta segunda-feira na revista The Lancet.
 
Esta equipa de cientistas do Cedars-Sinai Heart Institute em Los Angeles (E.U.A.) e da Universidade Johns Hopkins em Baltimore fica para a história depois de ter conseguido, pela primeira vez, regenerar de forma eficiente e segura o coração danificado e diminuir o tamanho das cicatrizes. 
 
Os cientistas operaram pessoas que tinham sofrido ataques cardíacos de modo a recolher células saudáveis do coração. No laboratório, conseguiram condicionar essas células para se multiplicarem em milhões de células musculares.

Cerca de um mês depois, os pacientes receberam entre 12 e 25 milhões de células musculares cardíacas. Ao fim de um ano, quase metade da cicatriz tinha desaparecido, e parte do tecido do coração estava regenerado.

 
Eduardo Marbán, médico e autor do estudo, disse à CNN que “isto nunca tinha sido conseguido antes, apesar de se ter passado uma década a fazer terapias de células em pacientes com ataques cardíacos. Agora conseguimos. Os resultados são surpreendentemente melhores do que o que obtivemos em animais”.
 
Os cientistas trabalharam com 25 pacientes, dos quais oito serviram de controlo e 17 experimentaram esta nova terapia, no Johns Hopkins Hospital. Todos eles eram homens brancos, com uma faixa etária média de 53 anos e tinham sofrido um ataque cardíaco há menos de dois meses.

O grupo do controlo foi observado durante um ano e os resultados da regeneração do músculo e da diminuição da cicatriz foram praticamente nulos e registaram sérias perdas de capacidade cardíaca.

Já o grupo que passou pelo tratamento, revelou um enorme progresso: logo após o ataque, estes pacientes demoravam seis minutos para percorrer 11,4 metros e, um ano depois do tratamento, eram capazes de percorrer 44,6 metros no mesmo período de tempo.

 
A explicação está no facto dos ataques cardíacos provocarem a diminuição da quantidade de sangue bombeado pelo coração. Para a equipa este prognóstico é muito positivo.
 
De acordo com o artigo na revista The Lancet, já foram efetuadas terapias semelhantes com células da medula óssea para tratar o coração, mas verificou-se apenas uma ligeira diminuição da cicatriz e não foi observável qualquer regeneração do músculo.
 
Esta nova terapia pode mudar o futuro, se forem efetuados mais ensaios clínicos e se os pacientes revelarem bons resultados num maior período de tempo.

Clique AQUI para aceder ao estudo na revista Lancet.

[Notícia sugerida por Elsa Martins]

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