Ciência

Solucionado um dos maiores problemas matemáticos

Uma dupla de cientistas anunciou a resolução de um dos maiores problemas matemáticos do século XX. Depois de muitos especialistas terem tentado comprová-lo, a proeza foi, finalmente, alcançada por um norte-americano e uma espanhola.
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Uma dupla de cientistas anunciou a resolução de um dos maiores problemas matemáticos do século XX. Depois de muitos especialistas terem tentado comprová-lo, a proeza foi, finalmente, alcançada por um norte-americano e uma espanhola que demonstraram a correção do enunciado.
 
O problema em causa é a teoria dos “subespaços invariantes em espaços de Hilbert”, formulada na década de 1930 por John von Neumann, com dupla nacionalidade húngara e norte-americana, baseada na teoria do matemático alemão David Hilbert (1862-1943).
 
Segundo a referida teoria, todo o operador num espaço de dimensão infinita possui um subespaço próprio que não varia, algo que, até aqui, ninguém tinha sido capaz de provar e que foi agora comprovado por Carl Cowen, da Universidade de West Lafayette, nos EUA, e Eva Gallardo, da Universidade Complutense de Madrid.
 
“Se girarmos uma bola, ela gira sempre sobre um eixo”, explicou Cowen, que tentou elucidar quem pouco entende da matéria com recurso a uma bola de basquete. Portanto, “podemos imaginar, talvez não com muita clareza, uma bola de dimensão infinita e um espaço de dimensões infinitas” e provar que, assim, ela também pode girar, esclareceu, citado pela AFP.
 
Para solucionar o problema, que exigiu à dupla três anos de trabalho, os cientistas decidiram abordá-lo a partir da teoria das “funções de variável complexa”, sublinhou Gallardo, que acredita que esta “perspetiva diferente da habitual” poderá ter sido “a chave” no caminho para a resolução. 
 
A fórmula de Cowen e Gallardo foi apresentada numa solução curta, com menos de 20 páginas, e foi analisada por três especialistas que não encontraram qualquer erro nos cálculos, ao contrário do que tinha acontecido no passado com as tentativas de outros matemáticos.
 
Antonio Campillo, presidente da Sociedade Matemática Espanhola, cujo congresso, em Santiago de Compostela, no noroeste espanhol, coincidiu com o anúncio da descoberta, considerou que o seu impacto será “de imediato e de enorme transcendência” e que se trata de um “marco histórico”, quer pela sua contribuição para a ciência básica, quer pelas suas eventuais aplicações práticas. 

[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]

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