Saúde

SIDA: Fármaco “low-cost” vai chegar a países pobres

A farmacêutica norte-americana Drugmaker Merck & Co. vai autorizar a produção e comercialização a baixo custo de uma versão genérica de um dos seus medicamentos contra vírus da SIDA para tratar crianças infetadas de países desfavorecidos.
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A farmacêutica norte-americana Drugmaker Merck & Co. vai autorizar a produção e comercialização a baixo custo de uma versão genérica de um dos seus medicamentos contra o VIH (vírus da imunodeficiência humana), causador da SIDA, com o objetivo de tratar crianças infetadas de países desfavorecidos.
 
O anúncio foi feito esta terça-feira e, de acordo com a Associated Press, resulta de um esforço do grupo Medicines Patent Pool, apoiado pela Organização das Nações Unidas, que trabalha com farmacêuticas de renome para encontrar formas de disponibilizar os fármacos contra o VIH ainda protegidos por patente em países em desenvolvimento por uma fração dos preços praticados na Europa e nos EUA. 
 
O acordo entre o Medicines Patent Pool e a Merck prevê que qualquer empresa farmacêutica possa produzir um genérico pediátrico do medicamento “raltegravir”, vendido atualmente sob o nome “Isentress” e que, nos Estados Unidos, custa cerca de 1.350 dólares (aproximadamente 1.800 euros) por mês para pacientes sem seguro. 
 
Segundo a organização, com sede em Genebra, na Suíça, graças a este acordo, os tratamentos de baixo custo contra o vírus poderão chegar às crianças infetadas de um total de 92 países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, como a Índia e a África do Sul, com um preço 47% a 87% inferior ao praticado no mundo desenvolvido. 
 
A medida é especialmente importante porque o “raltegravir”, cuja patente está em vigor até 2022, é um dos poucos fármacos aprovados contra o VIH que podem ser administrados a crianças com idade inferior a três anos, permitindo mesmo que o tratamento comece logo aos quatro meses de vida. 
 
“Sem terapia antirretroviral, 50% das crianças que vivem com VIH/SIDA não chega aos dois anos de vida e 80% morre antes dos cinco anos de idade”, afirma, num comunicado citado pela Associated Press, Deborah Brix, coordenadora do programa estatal norte-americano contra a SIDA. 
 
De realçar que este acordo é outro dos passos da “Pediatric HIV Treatment Initiative”, uma iniciativa colaborativa cujo objetivo é desenvolver medicamentos mais eficazes para crianças infetadas com o vírus, incluindo fármacos líquidos e mastigáveis, mais fáceis de tomar do que os comprimidos convencionais. 
 
Atualmente, o “raltegravir” está já disponível em forma de pastilhas mastigáveis e de pó solúvel, estando também a ser testado, neste momento, o seu possível uso em recém-nascidos.

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