Saúde

Sangue: Teste simples poderá detetar cancro da mama

Cientistas britânicos acreditam que poderá ser possível desenvolver uma análise simples ao sangue que, através da deteção das mudanças dos níveis de zinco no organismo, permita diagnosticar precocemente o cancro da mama.
Versão para impressão
Cientistas britânicos acreditam que poderá ser possível desenvolver uma análise simples ao sangue que, através da deteção das mudanças dos níveis de zinco no organismo, permita diagnosticar precocemente o cancro da mama. 
 
Uma equipa da Universidade de Oxford, em Inglaterra, pegou em técnicas normalmente destinadas à análise de isótopos metálicos no estudo das alterações climáticas e da formação planetária e aplicou-as à forma como o corpo humano processa os metais. 
 
Com recurso a esta abordagem, os investigadores conseguiram provar, pela primeira vez, que as mudanças verificadas na composição isotópica do zinco, que pode ser detetado no tecido mamário, têm potencial para funcionar como “biomarcador”, isto é, como um indicador mensurável e precoce do cancro da mama. 
 
No âmbito do estudo-piloto, cujos resultados foram publicados na revista científica Metallomics e que contou, também, com a colaboração de investigadores do Imperial College London e do Museu de História Natural de Londres, foi analisado o zinco presente no sangue e no soro sanguíneo de 10 pacientes (5 saudáveis e cinco com cancro da mama), bem como uma série de amostras de tecido mamário de quem tinha a doença. 
 
Através de técnicas 100 vezes mais sensíveis às mudanças na composição isotópica dos metais do que qualquer uma das utilizadas atualmente pelos médicos, foram detetadas mudanças fundamentais no zinco devido ao facto de o cancro alterar subtilmente a forma como as células processam o metal. 
 
Além disso, alterações semelhantes nos níveis de cobre no sangue de uma das pacientes são uma evidência adicional de que poderá ser possível identificar um marcador precoce para o cancro da mama que se baseie numa análise sanguínea, simples e não invasiva. 

Novas ferramentas terapêuticas e novos tratamentos
 

“Já há mais de uma década que se sabe que os tecidos cancerígenos da mama contêm elevadas concentrações de zinco, mas os mecanismos moleculares exatos que causam estas concentrações têm-se mantido um mistério”, afirma Fiona Larner, investigadora da Universidade de Oxford que conduziu a investigação. 
 
“O nosso trabalho demonstra que técnicas utilizadas nas ciências da Terra podem ajudar-nos a compreender não apenas como o zinco é usado pelas células tumorais, mas como o cancro da mama pode desencadear mudanças na presença de zinco no sangue”, acrescenta Larner.
 
Segundo a investigadora, o estudo é a prova de que poderá ser possível “criar um biomarcador fácil de identificar que funcione como indicador precoce” da doença e poderá, também, contribuir para o desenvolvimento de novos tratamentos contra o cancro. 
 
“A nossa esperança é que esta investigação seja o início de uma abordagem inteiramente nova”, admite Larner. “Compreender de que forma os cancros alteram o rasto dos metais no organismo pode permitir-nos desenvolver novas ferramentas de diagnóstico e tratamentos”, finaliza a cientista, que adianta que novos estudos nesta área já estão em curso.

Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês). 


Notícia sugerida por Maria da Luz

Comentários

comentários

PUB

Live Facebook

Correio do Leitor

Mais recentes

Passatempos

Subscreva a nossa Newsletter!

Receba notícias atualizadas no seu email!
* obrigatório

Pub

Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saiba mais aqui.

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close