Ciência

Rio extraterrestre captado em imagens únicas

Um grupo internacional de cientistas acaba de revelar imagens únicas do que parece ser uma miniatura do rio Nilo, em África, mas é, na verdade, um rio em Titã, a lua de Saturno, que se estende por mais de 400 quilómetros.
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Um grupo internacional de cientistas da missão Cassini-Huygens, na qual participam a Agência Espacial Europeia (ESA) e a norte-americana NASA, acaba de revelar imagens únicas do que parece ser uma miniatura do rio Nilo, em África, mas é, na verdade, um rio em Titã, a lua de Saturno, que se estende por mais de 400 quilómetros.
 
Esta é a primeira vez que imagens captadas pelas sondas espaciais mostram um sistema de rios “tão vasto e em alta resolução” em qualquer parte do Universo além da Terra. 
 
De acordo com um comunicado da NASA, os especialistas acreditam que o rio, situado na região polar norte de Titã, deverá ser, em vez de água, composto por hidrocarbonetos líquidos, devido à cor escura que apresenta ao longo de todo o seu curso nas imagens captadas.
 
“A linearidade relativa do vale do rio sugere que ele segue o percurso de, pelo menos, uma falha, à semelhança do que acontece com outros grandes rios que correm em direção à margem sul do mesmo mar de Titã”, explica Jani Radebaugh, da equipa da Cassini. “Essas falhas, que são fraturas no leito rochoso de Titã, podem não implicar a existência de placas tectónicas, como na Terra, mas conduzir, mesmo assim, à formação de mares gigantes”.
 
Além do nosso planeta, Titã é o único “mundo” conhecido pelos humanos que tem, na supefície, líquidos em movimento estável. Porém, ao passo que o ciclo hidrológico terrestre assenta na água, o ciclo equivalente da lua de Saturno envolve hidrocarbonetos como o etano e o metano. 
 
“Esta imagem dá-nos um retrato de um mundo em movimento. A chuva cai e os rios arrastam a chuva para lagos e mares, onde a evaporação dá início ao ciclo uma e outra vez. Na Terra, o líquido é água. Em Titã, é metano. Mas em ambos os casos, afeta quase tudo o que acontece”, aponta Steve Wall, do Jet Propulsion Laboratory da NASA, também envolvido na missão.
 
A imagem de radar foi captada a 26 de Setembro deste ano e mostra a região polar norte de Titã, onde o rio – batizado Nilo em homenagem ao “verdadeiro” Nilo terrestre – corre para um mar chamado Ligeia Mare, cujas dimensões se situam, aproximadamente, entre as do Mar Cáspio e o Mar Mediterrâneo.

Clique AQUI para ver a imagem captada em alta resolução.

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