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Reino Unido: Encontradas pegadas mais antigas da Europa

Pegadas deixadas pelo que pode ser um dos primeiros ancestrais humanos da Europa foram descobertas numa praia em Norfolk, na Inglaterra.
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Pegadas deixadas pelo que pode ser um dos primeiros ancestrais humanos da Europa foram descobertas numa praia em Norfolk, na Inglaterra. Os cientistas acreditam que as marcas descobertas numa rocha sedimentar têm cerca de 800.000 anos de idade e podem ajudar a compreender como se moviam os seres humanos.
 
As pegadas foram descobertas por uma equipa de investigadores da Universidade de Queen Mary, em Londres, e por outra do Museu da História Natural britânico. Os resultados foram publicados esta sexta-feira na revista científica online PLoS One.
 
De acordo com a página oficial do museu, a descoberta do que se pensa ser pegadas humanas de, provavelmente, cinco pessoas, é “extraordinariamente rara”. Apenas três outras pegadas, encontradas em África, são mais antigas.
 
As marcas foram encontradas em Happisburgh, uma pequena vila na costa inglesa, e ficaram expostas durante a maré baixa quando o mar levou a areia da praia. Uma vez descobertas, a equipa teve que trabalhar com rapidez para tirar fotografias da superfície do lodo antes de ser erodido pelo mar.
 
Em alguns casos, o calcanhar e os dedos podem ser identificados, o que levou os cientistas a acreditar que a pegada equivale a um pé de tamanho 42.
 
Happisburgh é um dos locais arqueológicos mais ricos da Europa. Pólen, fósseis de mamíferos, incluindo um osso da mandíbula de um castor gigante extinto, e ferramentas de pedra foram também encontradas o que permite uma reconstrução detalhada da antiga paisagem. Naquela altura, o Reino Unido ainda se encontrava ligado à Europa.
 
Simon Parfitt, investigador do museu, revela que a diferença de tamanho das pegadas mostra que são de uma família que parece que estava a seguir um trilho. A orientação das marcas indica que provavelmente estavam a deslocar-se para sul. 
 
Na maioria das populações humanas, o comprimento do pé é de aproximadamente 15% da altura do indivíduo, de forma que os cientistas estimam que a altura do grupo varia entre 90 centímetros e mais de 1,70 metros.
 
Para o professor do museu, Chris Stringer, os seres humanos que fizeram as pegadas podem ser da família dos humanos de antiguidade semelhante, os ancestrais da espécie Homo, de Atapuerca, em Espanha.
 
“Estas pessoas eram de uma altura semelhante à nossa e foram totalmente bípedes. Parecem terem sido extintos na Europa à cerca de 600.000 anos atrás e foram talvez substituídos pela espécie Homo heidelbergensis”, concluiu.
 
“Esta é uma descoberta extraordinariamente rara. Happisburgh continua a reescrever a nossa compreensão da ocupação humana no inicio da formação do Reino Unido e também da Europa”, afirma Nick Ashton, do museu britânico.

Clique AQUI para ler o artigo (em inglês).

Notícia sugerida por Elsa Martins

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