Ambiente

Quercus liberta 4.000 mexilhões-de-rio contra extinção

A Quercus vai libertar, esta quarta-feira, 4.000 juvenis de mexilhões-de-rio no rio Paiva, concelho de Castro Daire, com o objetivo de aumentar a população envelhecida deste bivalve de água doce e de diminuir a atual ameaça de extinção.
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A Quercus vai libertar, esta quarta-feira, 4.000 juvenis de mexilhões-de-rio no rio Paiva, concelho de Castro Daire, com o objetivo de aumentar a população envelhecida deste bivalve de água doce e de diminuir a atual ameaça de extinção.
 
Em entrevista à Lusa, Paulo Lucas, coordenador do projeto LIFE Ecotone, Gestão de habitats ripícolas para a conservação de invertebrados ameaçados, uma iniciativa cofinanciada pelo Programa LIFE+ da União Europeia, explica que a associação verificou que “não se encontram muitos juvenis” desta espécie nas águas do rio Paiva.
 
Segundo o responsável do projeto, que tem como tem como entidades parceiras a APA – Agência Portuguesa do Ambiente e o Município de Castro Daire, “este bivalve de água doce encontra-se ameaçado de extinção em Portugal” e foi, portanto, “necessário reproduzi-lo em cativeiro”.
 
“De Setembro do ano passado a Abril deste ano fizemos a infestação das trutas, onde o mexilhão-de-rio parasita até completar o seu ciclo de vida”, contou Paulo Lucas, revelando que os juvenis foram reproduzidos em cativeiro nas instalações do Posto Aquícola de Campelo, em Figueiró dos Vinhos, onde foi recriado o processo que ocorreria na natureza ao longo de cerca de sete meses.
 
Após a conclusão deste processo, os juvenis de mexilhões-de-rio foram “capturados com um sistema de tanque e alimentados 12 semanas”, estando agora em condições de serem lançados às águas do rio Paiva, adiantou.
 
Paulo Lucas desvendou ainda que, no âmbito do projeto LIFE Ecotone, está também em curso a reprodução de trutas-de-rio em cativeiro com progenitores oriundos do rio Paiva. 
 
“O primeiro repovoamento de trutas-de-rio está a ser feito este ano e a libertação destas espécies, muito procurada por pescadores desportivos, deverá acontecer ao longo do mês de Setembro”, estimou, destacando o facto de estes peixes serem essenciais para o ciclo de vida do mexilhão-de-rio, já que funcionam como hospedeiros. 
 
A reprodução do mexilhão-de-rio em cativeiro ocorreu pela primeira vez com sucesso no ano passado. Devido às suas caraterísticas biológicas únicas, estes bivalves de água doce são excelentes indicadores ambientais, funcionando como sentinelas.

Por este motivo, têm uma dependência direta de diversas componentes do ecossistema, contribuindo eles próprios para moldar esse ecossistema e influenciar positivamente a qualidade da água, através, por exemplo, da filtração que efetuam da mesma, realça a Quercus.

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