Embora, muitas vezes, o sabor compense, a compra de alimentos biológicos nem sempre é a opção mais amiga da carteira. Mas e se pudesse, por exemplo, produzir em casa os seus próprios cogumelos? Agora já é possível fazê-lo.
Embora, muitas vezes, o sabor compense, a compra de alimentos biológicos nem sempre é a opção mais amiga da carteira. Mas e se pudesse, por exemplo, produzir em casa os seus próprios cogumelos? Agora já é possível fazê-lo, de forma fácil e ecológica, graças ao Eco Gumelo, o “cogumelo gourmet pronto-a-crescer” criado por uma start-up portuguesa.
por Catarina Ferreira
João Cavaleiro, Tiago Marques e Rui Apolinário, os mentores da Gumelo, cresceram em comunhão com a Natureza e desde sempre aprenderam “a proteger as plantas e os animais” sendo que, com o avançar da idade, estas “preocupações” se tornaram “bastante mais sérias”.
Foi da vontade de “retribuir” o que o meio ambiente lhes tem dado que nasceu, no início de 2012, esta start-up, onde se fundem conhecimentos de biologia, design e comunicação e ciências farmacêuticas. Na fábrica criada numa antiga taberna do século XX nascem, por sua vez, as embalagens que vão dar origem a estes cogumelos gourmet prontos-a-crescer, cujo substrato é 100% constituído por borra de café.
João Cavaleiro, Tiago Marques e Rui Apolinário, os fundadores da Gumelo
“Criar este cogumelo é transformar o que era desperdício num alimento de alto valor nutritivo”, explicam os criadores. Além disso, “durante o processo de crescimento do cogumelo, a borra de café torna-se um resíduo biodegradável de impacto reduzido”.

Após a primeira colheita o Eco Gumelo “adormece”, mas, continuando a vaporizá-lo, novos cogumelos voltam a formar-se após algumas semanas. Entretanto, os cogumelos colhidos podem ser cozinhados frescos ou guardados no frio durante uns dias.
“Como não têm aditivos nem conservantes são um produto biológico e gourmet genuíno”, destacam os empreendedores. Ou seja, além de saborosos, os cogumelos da espécie Pleurotus ostreatus são “ricos em proteínas e têm um baixo teor de gordura”, ajudando a reduzir o colesterol, a prevenir doenças cardiovasculares e a reforçar o sistema imunitário.
O ingrediente pode ser usado para uma grande diversidade de receitas, sendo o único limite a criatividade dos cozinheiros. E na página do Facebook da Gumelo é possível perceber que criatividade não falta.

Chegar ao estrangeiro em 2013
“A adesão ao produto tem sido muito boa. As pessoas mostram-se muito surpreendidas com a experiência”, conta Tiago Marques ao Boas Notícias. Por enquanto, o designer e empresário prefere não revelar quantos “gumelos” já foram vendidos, uma vez que a Gumelo é ainda uma start-up e não uma empresa sólida em termos de números, mas as perspetivas são positivas.
“Neste momento vendemos apenas para Portugal, mas tencionamos iniciar a exportação durante o primeiro semestre de 2013”, desvenda, sublinhando a vontade de levar este produto ecológico a outros países.
Ainda quanto ao futuro, Tiago Marques confessa ao Boas Notícias que está já na manga a criação de novos produtos, que deverão ser lançados no próximo ano. “Queremos apostar na exportação, valorizando a marca Portugal e semeando uma atitude ecológica e de sustentabilidade”, conclui o jovem empreendedor.
Quem quiser produzir os seus próprios cogumelos só tem de encomendar o Eco Gumelo, que custa 12€ (mais portes), e que pode ser adquirido online através do site da empresa ou em vários pontos de venda oficiais espalhados pelo país, que podem ser consultados AQUI.