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Prémio distingue investigações clínicas no âmbito do tratamento da dor

O Prémio Grünenthal/ASTOR 2017 acaba de distinguir os trabalhos de investigação de uma equipa do Serviço de Cuidados Intensivos Pediátricos do Centro Hospitalar do Porto, com a elaboração de um Protocolo de Avaliação e Controlo de Dor Aguda no doente pediátrico, e uma equipa da Unidade da Dor Crónica, do Serviço de Anestesiologia, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, com a sua investigação na Dor Crónica associada ao Burnout nos médicos.
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por redação

A elaboração do Protocolo de Orientação Clínica (POC), realizado pelo Centro Hospitalar do Porto, permite uma definição mais concreta dos critérios de seleção, metodologia de avaliação, registo de intensidade, intervenções farmacológicas e não farmacológicas e define estratégias de atuação em procedimentos dolorosos.

Neste estudo, os investigadores concluíram ser uma mais valia haver uma avaliação e um maior controlo da dor aguda no doente pediátrico, assim como para as famílias a quem são disponibilizados os cuidados de saúde na instituição.

A equipa de investigadores do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, igualmente vencedora do Prémio Grünenthal/ASTOR, desenvolveu um trabalho sobre a incidência de burnout nos médicos Portugueses que trabalham em dor crónica.

Para essa investigação foi realizado um estudo transversal observacional com médicos especialistas. Além dos fatores sociodemográficos e laborais, a equipa de investigadores utilizou a escala de Copenhaga para avaliação das dimensões do “burnout” e “teste t-student” para puderem proceder a comparações entre amostras independentes.

O Síndrome de Burnout é uma entidade nosológica que se desenvolve em resposta à exposição prolongada ao stress relacionado com trabalho e está associado a menor empatia com os doentes, insatisfação profissional, aumento do erro, maior despesa e piores resultados nos cuidados médicos.

Os resultados obtidos demostram que os médicos que trabalham no âmbito da Dor Crónica em Portugal apresentam níveis de “burnout” mais elevados do que os restantes médicos. Além disso, o estudo aponta para o facto de ser fundamental os profissionais serem competentes, serenos e empáticos para tratar de forma eficaz um doente com dor crónica. Há uma grande necessidade de serem desenvolvidas estratégias de bem-estar nos médicos que trabalham na área da dor como condição para oferecer o melhor tratamento aos doentes.

O Prémio Grünenthal/ASTOR destina-se a galardoar trabalhos originais em língua portuguesa sobre aspetos de investigação clínica no âmbito do tratamento da dor, ou descrição de casos clínicos, da autoria de profissionais de saúde e apresentados sob a forma de comunicação oral e visual.

Este ano foi entregue durante o 15º Convénio da ASTOR (Associação para o Desenvolvimento da Terapia da Dor), na Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa, e teve como objetivo criar um espaço de aprendizagem, partilha e debate de informação sobre os vários tipos de dor crónica e aguda, que afetam significativamente a vida dos doentes.

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