Um grupo de estudantes universitários portugueses vai fazer crescer plantas em Marte. Os jovens ganharam um concurso internacional promovido pela "Mars One" e vão enviar sementes para o planeta vermelho já em 2018.
Um grupo de estudantes universitários portugueses vai fazer crescer plantas em Marte. Os jovens ganharam um concurso internacional promovido pela “Mars One” e vão enviar sementes para o planeta vermelho no âmbito da missão não-tripulada que a fundação holandesa vai levar a cabo em 2018.
O projeto “Seed”, desenvolvido, na sua maioria, por alunos da Universidade do Porto, e que conta também com estudantes do MIT Portugal e da Universidade de Madrid, em Espanha, venceu a competição “Mars One University Competition”, deixando para trás 35 ideias de outras instituições universitárias de todo o mundo.
A proposta dos portugueses, que foi escolhida para figurar entre os 10 finalistas pela Mars One, ganhou, agora, uma votação aberta feita pelo público, que, pela primeira vez, foi convidado a decidir que projeto deveria ter a “oportunidade extraordinária” de aterrar em Marte.
“Estamos, em geral, muito satisfeitos com a elevada qualidade das propostas universitárias e com o esforço associado à preparação de cada uma delas”, afirma, em comunicado à imprensa, Arno Wielders, cofundador da Mars One.
Segundo Wielders, o projeto vencedor, que ambiciona germinar, pela primeira vez, uma planta no planeta vermelho para contribuir para o desenvolvimento de sistemas de suporte à vida naquele mundo, é “unicamente inspirador, já que [se for bem-sucedido] esta seria a primeira vez que uma planta cresceria em Marte”.

No âmbito do projeto “Seed” vai ser enviado para Marte um contentor externo, que proporcionará às sementes a proteção necessária para sobreviver ao ambiente, e um contentor, onde estarão armazenadas sementes da planta “Arabidopsis thaliana”, commumente utilizada em experiências espaciais.
Depois de chegarem à superfície do planeta, as plantas vão receber os cuidados necessários para a germinação “e o seu crescimento vai ser gravado com recurso a imagens que vão ser transmitidas de volta para a Terra”, explica a Mars One.
O projeto conta com o apoio da investigadora Maria Helena Carvalho, do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), e de Jack van Loon, docente da VU University Amsterdam, na Holanda, e investigador da Agência Espacial Europeia.
A iniciativa beneficia também, “de apoio técnico e científico” de vários especialistas de áreas que vão desde os sistemas biológicos ao desenvolvimento de naves espaciais.
Clique AQUI para saber mais sobre o projeto “Seed” (em inglês).
Notícia sugerida por Maria Nova, António Resende, Vítor Fernandes e Maria Manuela Mendes