Saúde

Portugueses provam que o azeite protege o coração

Uma investigação europeia liderada por portugueses acaba de comprovar os benefícios do azeite na proteção do coração. O consumo de 20 mililitros de azeite por dia durante seis semanas é suficiente para prevenir a doença coronária.
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Uma investigação europeia liderada por portugueses acaba de comprovar os benefícios do azeite na proteção do coração. De acordo com o estudo “Azeite+Global”, o consumo de 20 mililitros de azeite por dia durante seis semanas é suficiente para provocar, no organismo, um decréscimo dos biomarcadores caraterísticos da doença coronária. 
 
O projeto, que contou com a participação de cientistas portugueses, escoceses e alemães, foi coordenado por investigadores do Instituto de Biologia Experimental Tecnológica (iBET) em parceria com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e é o primeiro a avaliar o efeito de um alimento ao nível dos biomarcadores de natureza proteica associados a doenças.
 
A equipa europeia conduziu um ensaio clínico envolvendo 69 pessoas que não eram consumidoras habituais de azeite, avaliando o impacto do seu consumo em indivíduos saudáveis de uma população escocesa, explica um comunicado enviado ao Boas Notícias.
 
Os voluntários foram divididos em dois grupos, de forma aleatória, e um dos grupos consumiu azeite com baixo teor de compostos fenólicos – antioxidantes que combatem o envelhecimento celular -, ao passo que o outro ingeriu azeite com elevado teor destes polifenóis. A quantidade foi a mesma para ambos: 20 mililitros de azeite português (do Grupo Sovena) cru por dia durante seis semanas. 
 
Durante o período do estudo, os investigadores analisaram a urina dos participantes e avaliaram a variação de péptidos biomarcadores de várias doenças, entre as quais a doença das artérias coronárias, com recurso a metodologia alemã da empresa Mosaiques Diagnostics que permite o diagnóstico precoce numa fase ainda assintomática.

Benefícios reforçam importância da dieta mediterrânica
 

As conclusões do ensaio clínico mostraram que se observou, em ambos os grupos, um decréscimo significativo dos biomarcadores associados à doença cardiovascular, um resultado independente da composição fenólica do azeite, o que sugere que os seus ácidos gordos deverão ser os principais responsáveis pelos efeitos observados.
 
“A integração do azeite na alimentação diária pode ter um impacto importante na redução do risco associado à doença cardiovascular”, afirma Maria do Rosário Bronze, investigadora do iBET e professora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, que participou no estudo.
 
A mesma ideia é defendida por Sandra Silva, outra das cientistas do iBET envolvida no projeto, que realça que “os resultados obtidos permitem explicar efeitos benéficos para a saúde associados ao consumo de azeite”. “É mais uma prova da importância da dieta mediterrânica, em que o azeite é a principal fonte de gordura”, declara a investigadora.
 
O estudo foi premiado pela 'Nutrition Society' como um dos quatro melhores apresentados no 'Summer Meeting', uma conferência realizada pela entidade em Julho no Reino Unido, e vai ser publicado em Janeiro na edição impressa da revista científica The American Journal of Clinical Nutrition, uma das mais importantes da área da nutrição.
 
O “Azeite+Global” é um projeto QREN coordenado pela Sovena Portugal – Consumer Goods, que há muito desenvolve investigação em parceria com o iBET. 

Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo publicado online (em inglês).

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