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Português eleito vereador de autarquia na Finlândia

Ilídio Flores, de 46 anos, acaba de tornar-se o primeiro português a ser eleito para uma autarquia na Finlândia. O emigrante, "muito ativo" dentro da pequena comunidade de Suolahti, foi escolhido pela população para ser vereador.
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Ilídio Flores, de 46 anos, acaba de tornar-se o primeiro português a ser eleito para uma autarquia na Finlândia. O emigrante, “muito ativo” dentro da pequena comunidade de Suolahti, foi escolhido pela população para ocupar, na câmara local, um cargo com funções semelhantes ao de vereador da Cultura e Desporto em Portugal.
 
Natural de Amarante, Ilídio Flores foi em 1989 – ou seja, há 23 anos – para a Finlândia “atrás do amor”, contou à agência Lusa. “A razão que me trouxe foi o amor, vim atrás de uma mulher”, recordou, acrescentando que, na época, viviam na cidade de Suolahti “cerca de cinco mil habitantes, incluindo três portugueses, um número que pouco se alterou desde então”.
 
Monitor do ensino especial, viveu durante 10 anos de trabalhos precários e sempre se dedicou ao voluntariado desportivo como treinador de crianças e jovens, desempenhando, atualmente, a tarefa de assistente pessoal de uma criança autista na escola local.
 
Apesar desta atividade no seio da comunidade o ter acompanhado desde que chegou à Finlândia, o apelo da política só surgiu em 2000 depois de um convite da Liga de Esquerda para se candidatar à autarquia Suolahti. À data, ficou a quatro votos de ser eleito. Em 2008 voltou a candidatar-se, mas sem sucesso. Este ano, porém, alcançou finalmente o objetivo.
 
“Este ano voltei às origens. A Liga de Esquerda convidou-me para fazer parte da lista como independente, aceitei e acabei por ser eleito (no fim de semana passado) num universo de 20 mil habitantes, com 15 mil votantes e abstenção de 42 por cento”, explicou Ilídio, que não tem nacionalidade finlandesa, sublinhando que irá ocupar um cargo equivalente a vereador em Portugal, na área da Cultura e Desporto.
 
Segundo o português, a vitória deve-se, precisamente, ao facto de sempre ter sido “muito ativo”, por ser conhecido “no mundo do futebol” e pelos artigos de opinião que escreve com frequência para os jornais finlandeses. “À terceira foi de vez”, brincou.
 
Na Finlândia, os eleitores votam diretamente nos candidatos e, a nível autárquico, não existem quaisquer limitações às candidaturas de estrangeiros, caraterísticas de um sistema político que merece o elogio de Ilídio Flores. Nestas eleiçõe, houve mais três candidatos de origem lusa, mas acabaram por não ser eleitos. 
 
De acordo com o novo vereador de Suolahti, a Finlândia tem uma comunidade portuguesa com cerca de 350 pessoas, sendo pouco significativo o número de portugueses que chegam ao país, até porque aquele não é, por norma, um país de emigração. 

[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes e Carla Neves]

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