Ciência

Portugal vai integrar Estação Espacial Internacional

Portugal vai integrar, pela primeira vez, dois novos programas científicos de exploração espacial, entre eles o da Estação Espacial Internacional. O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato.
Versão para impressão
Portugal vai integrar, pela primeira vez, dois novos programas científicos de exploração espacial, entre eles o da Estação Espacial Internacional. O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, que participou numa reunião da Agência Espacial Europeia (ESA) no Luxemburgo. 
 
“Há muito boas novidades para Portugal, que mantém a sua colaboração na ESA, nos programas nos quais já participava, e que adere agora a dois novos: o Programa da Estação Espacial Internacional e o Programa de Exploração Lunar”, associado ao primeiro, explicou o governante, em declarações à Lusa, após o encontro. 
 
De acordo com o ministro, Portugal “lucra com a sua participação na ESA a vários níveis”, quer pelo envolvimento de cientistas portugueses no trabalho da agência espacial, “que lhes permite utilizar a tecnologia mais sofisticada”, quer pela possibilidade de desenvolvimento da tecnologia e das empresas nacionais. 
 
“Estarmos na Estação Espacial Internacional é muito importante para nós e é a primeira vez que estamos”, congratulou-se Nuno Crato, notando, por outro lado, que “o Programa de Exploração Lunar é um programa novo, em que vamos estar desde o princípio”.
 
Tal significa que “as nossas empresas de 'software', de construção, relacionadas com o espaço vão participar neste esforço e vão poder ter encomendas destes programas”, disse o responsável, sublinhando que o Programa de Exploração Lunar “é muito importante para a Europa, porque há uma grande competição nesse domínio”. 

Retorno do investimento tem sido total e até superior
 

Embora a participação em programas específicos implique o pagamento de quotas adicionais, para além daquela que já é paga para pertencer à ESA, Nuno Crato garantiu que estas novas participações não aumentam o valor das contribuições pagas anualmente pelo país.
 
Isto porque, esclareceu, os valores pagos pela participação em programas mais antigos vão diminuindo à medida que vão sendo executados. “A nossa colaboração global é sensivelmente a mesma”, informou, ressalvando ainda que é preciso ter em conta o retorno do investimento feito.
 
As empresas portuguesas competem para atingirem um valor de encomendas pelo menos igual àquele que foi investido, mas nem sempre é possível, já que “ao não conseguirem apresentar propostas que atinjam os níveis de exigência tecnológica necessária, não conseguem esses contratos”, justificou.
 
“Isso significa um desafio que é importante para toda a indústria portuguesa, porque não se trata de encomendas rotineiras, mas sim de alto valor de incorporação tecnológica, ou seja, desafios para a indústria portuguesa e que a obrigam a desenvolver-se”, declarou. 
 
Segundo Nuno Crato, por cada milhão de euros investido por Portugal nestes programas, é esperado, pelo menos, um retorno de igual valor, “mas isso não está garantido”. Ainda assim,  o ministro assegurou que tem sido possível atingir nos últimos anos “um retorno de 100%” e até mesmo ultrapassá-lo.

Comentários

comentários

PUB

Live Facebook

Correio do Leitor

Mais recentes

Passatempos

Subscreva a nossa Newsletter!

Receba notícias atualizadas no seu email!
* obrigatório

Pub

Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saiba mais aqui.

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close