Saúde

Portugal: Cada vez mais mulheres preservam o útero

O primeiro estudo feito em Portugal sobre a realização de histerectomias (remoção do útero), da iniciativa da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), revela que em 15 anos o número de histerectomias em Portugal diminuiu quase 20%.
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O primeiro estudo feito em Portugal sobre a realização de histerectomias (remoção do útero), da iniciativa da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), revela que em 15 anos o número de histerectomias em Portugal diminuiu quase 20%.

Os miomas uterinos (massa benigna que se forma no útero) afetam cerca de dois milhões de mulheres em Portugal, 40% das quais ainda em idade reprodutiva, e são a primeira causa das histerectomias. 

As histerectomias são cirurgias que consistem na remoção do útero do que resulta a ausência de menstruação e a incapacidade de engravidar. Só em 2014, os miomas uterinos foram responsáveis pela realização de 3.325 histerectomias nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), acarretando um custo superior a 2.600 euros por ato cirúrgico.
 

O estudo agora divulgado indica que os médicos portugueses estão a apostar nas terapias mais conservadoras, nomeadamente o recurso a vias farmacológicas que diminuem a dimensão dos miomas e as hemorragias causadas por este problema.

Graças a aposta que tem sido feita pela classe médica portuguesa, Portugal realiza, hoje em dia, menos histerectomias do que países como a Alemanha ou os Estados Unidos, revela ainda a SPG.
 

Fernanda Águas, presidente da SPG, revela que “há uns anos atrás havia um maior número de úteros que eram removidos por patologia uterina benigna, sendo os miomas uterinos a indicação mais frequente para a realização dessa cirurgia".

"Atualmente estamos perante uma alteração no paradigma do tratamento dos miomas uterinos, tanto pelo recurso a cirurgias mais conservadoras como pela disponibilidade de novas alternativas de tratamento médico e este estudo é prova disso”, diz a responsável.

 
Preservar o útero pode trazer benefícios em termos de autoimagem uma vez que muitas mulheres associam a fertilidade ao conceito de feminilidade, por outro lado é um órgão fundamental no caso de a mulher ainda pretender engravidar.

O estudo aponta ainda benefícios orçamentais para o Serviço Nacional de Saúde, uma vez que o tratamento conservador evita uma cirurgia que requer internamento e um período de recuperação que pode variar entre 4 a 6 semanas.

 
Segundo o estudo, esta cirurgia, onde é retirado o útero, continua a ser a solução mais indicada nas mulheres que sofrem de patologias oncológicas ou prolapsos uterinos (quando os úteros saem da posição original). Nestas situações, ao contrário do que aconteceu com os miomas uterinos, não se verificou a redução do número de histerectomias. 
 

Os miomas uterinos afetam cerca de dois milhões de mulheres em Portugal, 40% das quais ainda em idade reprodutiva, e são a primeira causa das histerectomias. 

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