Sociedade

Petição quer grupos apartidários na Assembleia

Há cerca de duas semanas que circula na Internet uma petição que pretende conseguir que grupos de cidadãos possam candidatar-se às eleições legislativas e, estar representados na Assembleia sem terem de integrar listas de partidos.
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Há cerca de duas semanas que circula na Internet uma petição que pretende conseguir que grupos de cidadãos possam candidatar-se às eleições legislativas e, em última instância, estar representados na Assembleia da República (AR), sem terem de integrar listas de partidos como a lei hoje estabelece. Até ao momento foram reunidas mais de 2.200 assinaturas.
 
Num contexto de “grave crise financeira e económica”, escrevem os promotores da petição, do Movimento Independente para a Representatividade Eleitoral (MIRE), “urge permitir que grupos e movimentos de cidadãos tenham a capacidade e a possibilidade de estarem representados na AR, fora do âmbito tradicional dos partidos”.
 
A petição em causa, que o MIRE pretende entregar no Parlamento depois de atingidas as 4.000 assinaturas (número mínimo exigido para que a questão seja levada a plenário na AR) foi batizada “Artigo 151.º” por pedir aos deputados que na próxima revisão constitucional aquele artigo passe a ter uma nova redação para pôr fim ao “monopólio partidário no acesso à representação parlamentar”.
 
O artigo 151.º da Constituição estabelece que “as candidaturas [à Assembleia da República] são apresentadas, nos termos da lei, pelos partidos políticos, isoladamente ou em coligação, podendo as listas integrar cidadãos não inscritos nos respetivos partidos”.
 
Porém, atualmente, defendem os autores da petição, a sociedade portuguesa tem assistido, em simultâneo com o agravamento da crise, “ao despertar de uma nova sociedade civil, impulsionada nas redes sociais e, aparentemente, sem vínculos formais a associações partidárias, sindicais ou outras”.

Grupos de apartidários trarão “nova dinâmica”

 
No entender dos peticionários, “estes candidatos trarão à função de deputado uma nova dinâmica e responsabilidade políticas, pelo seu envolvimento em causas específicas e não partidárias”, pode ler-se no texto. 
 
Desta forma, acrescentam, seria possível manter “a Constituição da República a par da mudança social a que o país assistiu nos últimos 30 anos” e contribuir “para aumentar a participação cívica em Portugal”. 
 
Em declarações à Lusa, Pedro Martins, do MIRE, afirmou que o movimento é formado por “um grupo de amigos” que não estão “alinhados” ou “filiados” em partidos, sendo “o único objetivo” conseguir esta mudança na Constituição com vista a combater os níveis “elevados” de abstenção e pôr fim à realidade atual em que “as pessoas não se revêem na representação que existe na AR”.  

Clique AQUI para aceder à petição.

[Notícia sugerida por Alexandra Maciel]

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