Saúde

Pequeno-almoço rico pode ser chave para emagrecer

Um pequeno-almoço rico em proteínas ajuda a controlar o apetite durante o resto do dia, pelo que pode dar uma preciosa contribuição no processo de emagrecimento.
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Um pequeno-almoço rico em proteínas ajuda a controlar o apetite durante o resto do dia, pelo que pode dar uma preciosa contribuição no processo de emagrecimento. A confirmação é de um novo estudo norte-americano, que aconselha à introdução de, por exemplo, ovos, iogurte e frutos secos na refeição que é considerada a mais importante.
 
O hábito de “saltar” o pequeno-almoço é comum, especial entre os jovens, e, de acordo com estudos anteriores, está fortemente associado ao desenvolvimento da obesidade, que afeta, hoje em dia, um em cada três cidadãos dos EUA.
 
Face a esta realidade, um grupo de investigadores decidiu conduzir um trabalho destinado a compreender o efeito de pequenos-almoços ricos em proteínas no apetite diário de 20 raparigas adolescentes obesas ou com excesso de peso e que não costumavam fazer esta refeição.
 
O estudo, coordenado por Heather Leidy, professora assistente da área de nutrição da Universidade do Missouri, permitiu observar que um pequeno-almoço deste tipo tem benefícios na regulação do apetite e reduz a tendência a fazer pequenos “snacks” ao longo do dia. 

Bom pequeno-almoço traz menos fome e mais saciedade
 

Os investigadores dividiram as participantes, todas com idades entre os 18 e os 20 anos, em três grupos, cada um com regimes diferentes de pequeno-almoço, durante um período de seis dias.
 
As jovens do primeiro grupo passaram a tomar um pequeno-almoço com 350 calorias, composto por ovos e carne (com 35 gramas de proteína), as do segundo começaram a ingerir um pequeno-almoço predominantemente composto por cereais (com 13 gramas de proteínas) e as do último grupo continuaram a saltar o pequeno almoço.
 
Embora diferentes no que toca aos alimentos que os constituíam, todos os pequenos-almoços eram idênticos em gordura e açúcares, densidade energética, fibra, entre outros elementos.
 

No sétimo dia após o início da experiência, todas as participantes foram convidadas a completar uma sessão de testes de 10 horas que incluiu questionários sobre o apetite e recolhas de amostras de sangue, além de ressonâncias magnéticas com o objetivo de medir a resposta do cérebro aos estímulos da comida antes da hora do jantar.
 
De acordo com um comunicado da Universidade de Missouri, o estudo mostrou que as jovens que tomaram pequeno-almoço sentiram menos fome e maior saciedade ao fim de uma semana do que aquelas que saltaram a refeição, apresentando também uma menor ativação nas zonas do cérebro que controlam o desejo de comer.
 
Além disso, a investigação mostrou que um pequeno-almoço rico em proteínas fez com que as voluntárias se sentissem mais cheias do que aquelas que apenas fizeram uma refeição com uma quantidade média de proteínas.
 
Ou seja, apenas os pequenos-almoços ricos em proteína conduziram a reduções globais nos níveis da hormona grelina, que estimula a fome, a aumentos na hormona PYY, que promove a saciedade e também a uma diminuição do consumo de “snacks” ricos em gordura ao final do dia.

Organismo reajusta-se em apenas três dias
 

“Um pequeno-almoço rico em proteínas tem impacto sobre a vontade de comer durante o resto do dia, quando as pessoas têm maior probabilidade de consumir aperitivos ricos em gordura e em açúcar”, explica Leidy.
 
“Os nossos dados sugerem que um pequeno-almoço deste tipo pode ser uma estratégia para prevenir a ingestão de comida em excesso e para melhorar a qualidade da dieta através da substituição de 'snacks' pouco saudáveis por pequenos-almoços de alta qualidade”, acrescenta a investigadora.
 
Segundo a docente da Universidade do Missouri, são necessários apenas três dias de pequenos-almoços ricos em proteínas para que o organismo ajuste os seus “desejos” alimentares diários.
 
No que toca a sugestões para a primeira – e mais importante – refeição do dia, Leidy aconselha a ingestão de 35 gramas de qualquer proteína de alta qualidade, quer esta seja proveniente de ovos e carne ou, em alternativa, de um bom iogurte grego, leite ou queijo.

Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo, publicado online e que irá figurar na edição de abril da revista científica The American Journal of Clinical Nutrition.

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