Ciência

Pão: Portugueses utilizam algas para substituir sal

Um grupo de investigadores portugueses desenvolveu um pão no qual as algas substituem o sal. O produto deverá começar a ser comercializado em 2015 por uma panificadora nacional com o objetivo de dar novos usos aos recursos marinhos.
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Um grupo de investigadores portugueses desenvolveu um pão no qual as algas substituem o sal. O produto deverá começar a ser comercializado em 2015 por uma panificadora nacional com o objetivo de dar novos usos aos recursos marinhos e, ao mesmo tempo, de promover a saúde. 
 
O projeto é da responsabilidade da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche, integrada no Instituto Politécnico de Lisboa, e arrancou há pouco tempo, mas os cientistas já confirmaram que é possível substituir o sal pelas algas marinhas sem obter um pão insonso. 
 
“Uma das principais caraterísticas que este produto poderá ter como mais-valia é a não adição de sal. Como as algas são marinhas, já têm um teor de sal associado que permite que o pão não tenha uma caraterística insonsa e tenha sabor, mas sem adicionarmos sal”, explica Susana Mendes, coordenadora do projeto, citada pela Lusa.
 
Segundo a responsável, este pão pode ser uma solução particularmente vantajosa para pessoas com intolerância ao sal ou que tenham de restringir o uso deste produto na sua alimentação por questões de saúde ou outras. 
 
Graças à extração de compostos de diferentes microalgas e das bactérias nelas alojadas, os investigadores portugueses têm conseguido dar novos usos aos recursos marinhos – muitos dos quais não tinham qualquer aproveitamento até agora – numa lógica de sustentabilidade.
 
“Queremos potenciar a capacidade que as algas têm na área alimentar. Temos este projeto do pão de algas, mas existem mais projetos, como, por exemplo, o bacalhau com algas, o iogurte com algas ou até mesmo o chá de algas”, revela a docente da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche. 
 
Este pão de algas português e as suas respetivas caraterísticas nutricionais vão continuar em estudo até Março de 2015 e o produto deverá começar a ser comercializado no segundo semestre do próximo ano por uma panificadora com lojas abertas ao público nas Caldas da Rainha e em Peniche.
 
“Já produzimos pão sem sal, mas não tem nada a ver com este sabor”, assegura Élia Calé, gerente da empresa de panificação. “Este tem um sabor caraterístico da alga. Dados os benefícios já conhecidos das algas, é capaz de ser um produto com um potencial muito grande, nomeadamente para as pessoas que se preocupam mais com a saúde”, acrescenta.
 
Em 2013, os investigadores de Leiria já tinham identificado compostos nas algas que as tornam úteis no fabrico de cremes de beleza e medicamentos, como antibióticos e antifúngicos, mas também fármacos usados no combate a doenças cancerígenas ou neurodegenerativas, graças às capacidades antibacteriana e antioxidante testadas.

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