Fitness & Bem-estar

Oficina da psicologia: O equilibrista

No desespero da procura de uma solução que nos conserte os males, esquecemo-nos habitualmente da noção do equilíbrio. E o que é que eu quero dizer com isto?
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No desespero da procura de uma solução que nos conserte os males, esquecemo-nos habitualmente da noção do equilíbrio. E o que é que eu quero dizer com isto?

[Por Madalena Lobo, Psicóloga Clínica]

Image and video hosting by TinyPicImaginemos os pratos de uma balança antiga: num prato coloque tudo o que age em detrimento do seu bem-estar: preocupações, saúde, stress, dificuldades relacionais, problemas no emprego,… Agora faça uma pequena retrospetiva – quanto tempo mental (e não só) tem dedicado aos itens que colocou nesse prato, digamos, nos últimos 3 meses? Aposto consigo que lhe consumiu bastante tempo diário!

Agora vamos tratar do segundo prato da balança: coloque nele tudo o que é importante para o seu bem-estar e o tem promovido: relações carinhosas, atividades dedicadas a si próprio, satisfação com os seus propósitos na vida, orgulho no que tem conseguido,… E, novamente, uma pequena retrospetiva – quanto tempo é que tem dedicado, de facto, ao que está neste prato da balança nos últimos tempos? Hummmmm….

É próprio da natureza humana que, quando se tem um espinho no pé, se fique inundado – pensamentos, emoções, sensações – por esse espinho no pé, quase como se tudo o resto deixasse de estar focado e existisse uma enorme luz de palco dirigida para esse incómodo. Nada mau, se conseguirmos remover o espinho – nesse caso este foco da atenção é extremamente adaptativo porque nos obriga a resolver rapidamente a situação.

Infelizmente, a vida nem sempre é assim tão simples: os espinhos são, muitas vezes, simbólicos, abrangentes e difíceis, quando não mesmo impossíveis, de remover. Nesses casos, o mais adequado é procurar o equilíbrio, concentrando-nos no segundo prato da balança – não tira o espinho, mas permite-nos um nivelamento no qual podemos estar funcionais e ambicionar alguma qualidade de vida.

Por isso, e como resolução de ano novo, talvez queira ir pensando naquilo que pode ir colocando no lado das “coisas boas e que sabem bem”. Exemplos? Está bem, mas são só alguns exemplos de possibilidades ilimitadas:

• Conviver com os amigos com mais regularidade
• Todos os dias, fazer pelo menos uma atividade que tenho por único objetivo o seu prazer pessoal; e não importa que só lhe possa dedicar 5 minutos! Serão os seus 5 minutos.
• Dedicar um pouco do seu tempo a uma atividade de desenvolvimento pessoal, interesse intelectual ou espiritual, aprofundamento de área de curiosidade ou passatempo
• Esforçar-se por sorrir mais e procurar a companhia de pessoas que o façam sentir bem
• Reatar eventuais relações familiares que possam estar a ser descuradas pelas rotinas do dia-a-dia
• Permitir-se sonhar e ambicionar realidades melhores
• Fazer atividades de relaxamento, um pouco de exercício físico diariamente, optar por um regime alimentar saboroso e saudável, permitir-se o tempo de repouso e de sono que o seu organismo requer

Como tudo na vida, é apenas uma questão de hábito – exige prática e atenção no início e, depois, transforma-se numa segunda pele. Fazemos votos de que torne um bom equilibrista!
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[Madalena Lobo é Diretora Geral da Oficina de Psicologia. Para saber mais sobre este projeto visite www.oficinadepsicologia.com ou http://www.facebook.com/oficinadepsicologia]

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