Literatura

“O Puto” – De comandante a bombista da Revolução

Participou em atentados que puseram o país a ferro e fogo e liderou a maior evasão de prisioneiros do mundo ocidental. A voz do comandante Paulo, "O Puto", ouve-se agora pela primeira vez num livro de Ricardo Saavedra.
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Participou em atentados que puseram o país a ferro e fogo e liderou a maior evasão de prisioneiros do mundo ocidental. A voz do comandante Paulo, “O Puto”, ouve-se agora pela primeira vez através do novo livro do jornalista e escritor Ricardo de Saavedra.
 
Aos 17 anos foi bater à porta da tropa para ser comando e o capitão de Abril Jaime Neves chamou-lhe “Puto”. E “Puto” ficou. 
 
Depois participou no 07 de Setembro de 1974: prenderam-no, e evadiu-se da penitenciária. Voltaram a prendê-lo e fugiu da Tanzânia antes de ser fuzilado. 

De refugiado na África do Sul seguiu para Angola, assaltou quartéis para obter armas, formou o esquadrão Chipenda, conquistou cidades após cidades para a Frente Nacional de Libertação de Angola. Aí deixou de ser “Puto” para ser Paulo, comandante Paulo. Colaborou na evacuação de Moçâmedes e ia morrendo à sede no deserto. 

A maior fuga da Europa

A seguir, o Puto e os outros vieram para Portugal. Foi a altura dos atentados bombistas, uns atrás dos outros, até voltar a ser preso e condenado, em 1978, a 34 anos de prisão. 

 
Segundo relata o próprio ‘comandante’ a Ricardo Saavedra, foi ele mesmo que liderou aquela que ainda é considerada a maior evasão do Ocidente. Através de um túnel escavado na segunda cadeia mais segura da Europa, Alcoentre, escaparam 131 prisioneiros.
 
Ricardo de Saavedra entrevistou Paulo, em Joanesburgo, em 1979, mas escondeu as cassetes. Agora dá-nos um relato na primeira pessoa, onde a realidade ultrapassa a ficção. 

Sobre o autor
 
Os últimos dias de Portugal em África e os primeiros tempos da descolonização portuguesa preenchem a maior parte da obra literária de Ricardo de Saavedra. 
 
Sejam em formato de reportagem, conto, romance ou poesia, alguns dos seus livros tiveram várias edições. Mas o livro agora publicado, “O Puto”, pode considerar-se o ponto mais importante da carreira do jornalista que viveu em Moçambique, África do Sul e Portugal. 

Com a chancela da Quetzal, Ricardo de Saavedra publicou, em 2012, a biografia de António Manuel Couto Viana intitulada Memorial do Coração – Conversa a quatro mãos.
 

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