Ambiente

Novo couro português decompõe-se em 21 dias

Uma empresa portuguesa de produção de couro desenvolveu um material que se desintegra ao fim de 21 dias no processo de compostagem. Este couro "amigo do ambiente" visa aumentar a sustentabilidade da indústria portuguesa de calçado.
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Uma empresa portuguesa de produção de couro desenvolveu um material que se desintegra ao fim de 21 dias no processo de compostagem. Este couro “amigo do ambiente” visa aumentar a sustentabilidade da indústria portuguesa de calçado.

O couro tradicional demora entre 30 a 50 anos a decompôr-se, o que representa um grave problema ambiental para a indústria do calçado. Com o tratamento da empresa portuguesa, o couro BiOnature torna-se facilmente degradável, em apenas 21 dias, uma vez que é conservado pelo frio, sem conservantes, numa curtimenta isenta de crómio e de metais pesados e com corantes sem metais.

Além disso, o processo produtivo minimiza o impacto ambiental já que reduz do consumo de água, a carga química nos efluentes e a sua reciclagem, a reutilização de resíduos sólidos como fertilizantes, a secagem e a emissão de compostos voláteis.

Para este projeto a ANC, Universidade Nova de Lisboa, CTCP, CTIC e Comforsyt trabalharam em conjunto no sentido de se chegar ao produto final com as condições desejadas. Os testes realizados às amostras de couro demonstram que se trata de um produto totalmente desintegrável e compostável.

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Couro BiOnature faz sucesso em Hong Kong e Paris

O produto foi recentemente apresentado em Paris, na feira Le Cuir, e em Hong Kong, na APLF Leather Show, e os responsáveis da empresa confirmam que o novo produto despertou um grande interesse dos seus clientes.
 

Citado pelo site do Centro Tecnológico do Calçado de Portugal (CTCP), Nuno Carvalho, responsável do grupo António Nunes de Carvalho (ANC), que lançou o BiONature, acredita que a nova matéria prima pode agradar e trazer vantagens a qualquer tipo de produtor e não apenas aos fabricantes “ditos ecológicos”. 
 
“A procura deste tipo de artigos já é bastante generalizada. Neste momento já se ultrapassou a barreira do nicho de mercado dito 'Eco' e a procura destes produtos começa a ser cada vez mais generalizada nas indústrias consumidoras de pele”, explica Nuno Carvalho.
 
A empresa já iniciou a produção em escala industrial para preencher os pedidos e encomendas específicas de alguns clientes. 

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