Ciência

Novas provas de vida no subsolo gelado na Antártica

Um estudo publicado ontem pela revista Nature Communications, revelou a possível existência de vida nos lagos subterrâneos da Antártida, descoberto por investigadores norte-americanos que realizaram a sua pesquisa sob os glaciares de Taylor Valley.
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Mais uma investigação aponta para a existência de vida no subsolo da Antártica. Uma equipa internacional detetou extensos lagos subterrâneos, ligados entre si, que, de acordo com os dados recolhidos, deverão conter um ecossistema ancestral rico em microrganismos. A descoberta poderá ajudar a estudar e a perceber o subsolo de Marte.
 
A equipa multidisciplinar, liderada pela Universidade de Tennessee (EUA), usou um sofisticado sensor, colocado num helicóptero, que mapeou todo o subsolo da região de Dry Valleys – o deserto mais frio e seco do mundo. Conforme as densidades que encontra, este sensor consegue distinguir entre terra sólida, gelo, água doce e água salgada. 
 
Desta forma, a equipa descobriu que, por baixo das montanhas e dos lagos gelados da região, há vastos lençóis de água salgada. Uma descoberta anterior, realizada na mesma zona em 2009, já tinha identificado a existência de micro-bactérias ancestrais nas Blood Falls, um pequeno rio vermelho, que emerge entre os glaciares daqueles vales (imagem abaixo).
 

Perante a nova descoberta, os investigadores acreditam que essa água vermelha, rica em ferro, é alimentada por estas extensões subterrâneas de água salgada.

A equipa afirma que a descoberta pode explicar a origem da vida na terra, já que aquelas águas estão isoladas da superfície há mais de 1.5 milhões de anos. As bactérias que aí subsistem viverão em condições extremas, quase sem oxigénio, alimentando-se de pouco mais do que reações químicas. 

 
O biólogo Jill Mikucki, um dos elementos da investigação, acredita mesmo que estes microrganismos “poderão afetar todo o oceano, já que vastas porções dos sedimentos daquelas aguas subterrâneas desaguam nos oceanos levando nutrientes a outras espécies”. 
 
Por outro lado, a descoberta poderá ajudar a avançar no estudo do subsolo do planeta Marte, que experimenta condições muito semelhantes.

Notícia sugerida por Maria Pandina

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