Cultura

NOS Alive ’15 deu música a 155 mil "festivaleiros"

Chegou ao fim com um novo recorde de espectadores a edição de 2015 do NOS Alive. Os três dias de festival levaram ao Passeio Marítimo de Algés cerca de 155 mil pessoas.
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Chegou ao fim com um novo recorde de espectadores a edição de 2015 do NOS Alive. Os três dias de festival levaram ao Passeio Marítimo de Algés cerca de 155 mil pessoas (mais 5.000 do que no ano passado) que ali se reencontraram com “pesos pesados” do panorama musical internacional e descobriram nomes em ascensão em dezenas de concertos para todos os gostos espalhados por quatro palcos.
 
por Catarina Ferreira 
 
De copo na mão (mas cerveja apenas para os mais crescidos, já que a nova lei do álcool assim o impõe, até porque, como frisavam as barracas 'Heineken' espalhadas pelo recinto, se “a música não tem idade”, “o consumo tem”), chapéus coloridos e muita boa disposição, portugueses e (muitos) estrangeiros responderam à chamada com o entusiasmo habitual.
 
E, se a música é um fator determinante, conforme provou a lotação esgotada do primeiro dia, o ambiente parece ser, como muitos fazem questão de destacar quando lhes perguntamos por que razão não quiseram faltar a mais um NOS Alive, outro dos grandes atrativos.
 
O ambiente e, claro, o tempo soalheiro, ao qual nem os artistas conseguem resistir, como garantiu Matthew Murphy, vocalista da banda de 'indie rock' inglesa The Wombats, que abriu o Palco NOS na edição deste ano. “O Verão inglês é como o português, mas sem sol”, brincou o músico antes de introduzir “English Summer”, um dos temas mais aplaudidos pelo público.
 
O espetáculo prosseguiu com um compatriota, o britânico James Bay, que, na sua estreia em Portugal, se mostrou encantado com a reacção da audiência ao seu primeiro álbum de originais, “Chaos and The Calm” e, em particular, ao mais célebre 'single', “Hold Back The River”, cantado em uníssono por uma plateia ainda em aquecimento.


Muse atuaram perante uma plateia de 55 mil pessoas num primeiro dia com lotação esgotada © Hugo Macedo/NOS Alive
 

Pela mesma altura, os portugueses Capitão Fausto “rendiam” Jesse Ware, um cancelamento de última hora, no Palco Heineken, onde a primeira grande enchente pertenceu aos ingleses Metronomy, que já tinham passado pelo Alive em 2013 e, com a sonoridade eletrónica que lhes é caraterística, repetiram o sucesso de há dois anos.
 
As atenções estavam, porém, centradas quase por completo em frente ao maior palco do festival, pelo qual passaram, ainda, na quinta-feira, Ben Harper & The Innocent Criminals e ALT+J, nomes que abriram caminho aos incontornáveis cabeças-de-cartaz, os britânicos Muse, que apresentaram “Drones”, o último trabalho, perante uma multidão de 55 mil “festivaleiros”.

Dia “The Prodigy” também foi dos Kodaline

A agitação da primeira noite de festival – que se prolongou até perto das quatro da manhã, animada pelas atuações de Django Django e X-Wife nos palcos 'Heineken e 'Clubbing' – acabaria por repetir-se no segundo dia do evento, que começou ao estilo 'country' com uma atuação de Daniel Kemish, cantor, compositor e multi-instrumentalista que, embora britânico, diz ter “nascido no Continente errado”.


Os irlandeses Kodaline conseguiram casa cheia no palco 'Heineken' © Hugo Macedo/NOS Alive

Em dia de The Prodigy” e Mumford & Sons – os dois nomes maiores da programação, que protagonizaram verdadeiras enchentes no palco NOS -, os irlandeses Kodaline conseguiram casa cheia e, mesmo perante uma plateia composta que, durante todo o espetáculo, não arredou pé do palco 'Heineken', garantiram um concerto intimista e marcado pela interação com o público português, muito elogiado pelo vocalista Steve Garrigan.

Sam Smith: Emoção no “palco dos grandes”

No Palco NOS, o grande protagonista do terceiro dia da edição de 2015 do Alive – que contou, também, com os portugueses HMB e os míticos Counting Crows – foi o britânico Sam Smith, autor de êxitos como “Stay With Me” ou “I'm Not The Only One”, recebido em apoteose por um público maioritariamente jovem e rendido ao romantismo das suas letras.

“Nem sabem como isto é incrível. O ano passado toquei na tenda ali ao fundo e agora estou aqui. Estou sem palavras”, confessou Smith, que tem ainda, apenas, um álbum editado: “In The Lonely Hour”, lançado em Maio de 2014.


O britânico Sam Smith foi recebido em apoteose no Palco NOS © Hugo Macedo/NOS Alive

Já perto do final da noite foi a vez de o australiano Chet Faker – que deu dois concertos esgotados no Coliseu de Lisboa há pouco mais de uma semana -, subir ao palco em substituição de Stromae, afastado do cartaz por razões de saúde.

Trazendo, na bagagem, o álbum de estreia “Built on Glass” e um espetáculo de carisma, Faker encantou a audiência que provou, com entusiasmo, saber de cor temas como “I'm Into You” ou “Gold”. 

A encerrar, este ano, o palco NOS, esteve a dupla Disclosure (Live), que 'saltou' para a ribalta depois de uma passagem pela tenda “Clubbing” onde tinha atuado em 2014.

Mas desengane-se quem pensar que a festa ficou por aí. No palco 'Heineken' já se tinha dançado ao som de Azealia Banks, nova-iorquina que tirou do chão os pés de centenas de festivaleiros, e a música continuou pela madrugada dentro com os sintetizadores do duo musical Chromeo, que afastaram o cansaço até à despedida.

Como promete a mensagem inscrita no pórtico de acesso ao recinto, que não nos deixa esquecer que este não é um adeus, “para o ano há mais”. O NOS Alive regressa ao Passeio Marítimo de Algés nos dias 7, 8 e 9 de Julho de 2016 para comemorar o seu 10.º aniversário. Os bilhetes estão à venda.

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