Saúde

Movimento + Saúde quer travar efeitos da crise no SNS

O novo movimento "+ Saúde" quer lutar por garantir o acesso de todos os portugueses aos cuidados básicos de saúde. Esta semana foi divulgado um relatório que indica que a crise tem um impacto profundo e negativo na saúde
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O novo movimento “+ Saúde” quer lutar por garantir o acesso de todos os portugueses aos cuidados básicos de saúde. Esta semana foi divulgado um relatório que indica que a crise tem um impacto profundo e negativo na saúde dos portugueses.

Rogério Alves, ex-bastonário da Ordem dos Advogados, José Filipe Pinto, subdiretor do Departamento de Ciência Política da Universidade Lusófona, e o bispo Emérito D. Manuel Martins são os dinamizadores deste novo movimento que pretende combater os efeitos negativos da austeridade na saúde dos portugueses. 

Segundo explica a página oficial do movimento, o + Saúde “pretende lançar o debate e abrir o diálogo na sociedade no seguimento das medidas recentemente anunciadas pelo Estado Português para 2013 que preveem cortes sucessivos nas despesas de saúde dos portugueses, dificultando o acesso a cuidados básicos de saúde”. 

Para este movimento de cidadãos, a “austeridade acarreta, a curto prazo, graves riscos e consequências para a saúde pública, pelo que se torna imperativo alertar para a problemática dos sucessivos e desmedidos cortes nas despesas de saúde e consequente condicionamento e risco de acesso dos doentes aos cuidados do SNS”.

O aumento das taxas moderadoras nos hospitais públicos, a redução de médicos nos Centros de Saúde, o fecho de Unidades de Urgência são algumas das situações que, de acordo com o movimento, prejudicam o acesso dos portugueses, sobretudo dos que têm menos rendimentos, à saúde.
 
Relatório indica que crise tem impactos graves na Saúde

O empobrecimento da população tem reflexos na ida aos hospitais e na continuação dos tratamentos. Esta é uma das conclusões do Relatório de Primavera 2013, realizado pelo Observatório dos Sistemas de Saúde e apresentado no início da semana, na Fundação Calouste Gulbenkian, numa cerimónia na qual o ministro da Saúde, Paulo Macedo, esteve ausente.


De acordo com os dados recolhidos e analisados pela equipa do 14º relatório do Observatório, cerca de 30 por cento dos utentes da área de Lisboa já abdicaram, em algum momento, de consultas por falta de dinheiro para pagar estes serviços. Abdicaram também de comprar óculos, aparelhos auditivos e serviços de medicina dentária. 

Outro ponto negativo causado pela redução da despesa total em saúde de 710 milhões de euros (superior aos 550 milhões exigidos pela troika), é o agravamento das doenças do foro mental e psicológico. No Alto Minho, por exemplo, os casos de depressão e suicídio aumentaram mais de 30 por cento em 2012.

Perante estes dados, o Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), afirma que “são visíveis os efeitos da crise – pouco monitorizados e avaliados — na saúde da população, mas também no sistema de saúde”. 

Em resposta ao relatório do Observatório, o ministro declarou esta quinta-feira aos jornalistas que ele próprio já disse no passado que “a crise tem um efeito direto sobre a saúde dos portugueses” e comprometeu-se a fazer um estudo alargado sobre os efeitos da crise económica e financeira na saúde dos portugueses. 

Clique AQUI para visitar o Facebook ofical do movimento + Saúde. 

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