O nome da exposição é longo, mas faz jus à vida e obra do português: "Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro: Aristides de Sousa Mendes, um exemplo de coragem cívica" (em alemão, "Wer ein Leben rettet, rettet die ganze Welt: Aristides de Sousa Me
O nome da exposição é longo, mas faz jus à vida e obra do português: “Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro: Aristides de Sousa Mendes, um exemplo de coragem cívica” (em alemão, Wer ein Leben rettet, rettet die ganze Welt: Aristides de Sousa Mendes – Ein Beispiel für Zivilcourage). A mostra foi inaugurada esta quarta-feira, na Câmara dos Deputados de Berlim. Promovida pela associação antifascista luso-alemã ViVer, a exposição – já anteriormente exibida em autarquias e escolas de Berlim e em algumas solenidades antifascistas – homenageia o cônsul de Portugal em Bordéus, responsável pela proteção de cerca de 30 mil judeus que procuravam escapar ao regime nazi, à época da II Guerra Mundial.
Aristides de Sousa Mendes agiu à revelia do governo em Lisboa para poder garantir vistos de entrada em Portugal aos milhares de judeus que, de outra forma, não teriam sobrevivido à perseguição dos nazis.
Os promotores relembram que o diplomata português “agiu por motivos humanitários e altruístas, emitindo dezenas de milhares de vistos para pessoas vítimas de perseguição, em poucos dias, contra as instruções do seu governo”, o que o levou depois a ser “afastado do serviço diplomático por ter ido contra a vontade do regime de Salazar, e morreu pobre”.
A inauguração da exposição é presidida pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho.