Saúde

Medicina: Português ganha bolsa de 2,35 milhões

O investigador português Rui L. Reis acaba de receber uma das maiores e mais prestigiadas bolsas da Europa, que lhe foi atribuída pelo European Research Council (ERC), para trabalhar na área da Medicina Regenerativa.
Versão para impressão
O investigador português Rui L. Reis, diretor do Grupo de Investigação 3B's (Biomaterials, Biodegradables and Biomimetics) e presidente do Laboratório Associado ICVS/3B's da Universidade do Minho (UMinho) acaba de receber uma das maiores e mais prestigiadas bolsas da Europa, que lhe foi atribuída pelo European Research Council (ERC).
 
A bolsa Advanced Grant, para investigadores avançados, tem um valor de 2,35 milhões de euros e vai permitir ao especialista desenvolver, durante cinco anos, trabalho na área da Medicina Regenerativa, em particular na engenharia de tecidos, através de uma “abordagem única e multidisciplinar”. 
 
O montante garantido pela ERC premeia o projeto ComplexiTE, desenvolvido por Rui L. Reis, que “propõe uma abordagem totalmente inovadora (…) para tentar fazer face aos múltiplos fatores e variáveis associados às interações entre células estaminais e biomateriais envolvidos na implementação de diferentes metodologias para a engenharia e reparação de tecidos humanos”, explica a UMinho em comunicado.
 
Segundo a instituição, o objetivo é “produzir conhecimento” para, futuramente, “desenvolver substitutos de tecidos com funcionalidades in-vivo únicas”. Neste sentido serão concebidos novos equipamentos, novos métodos de análise e maneiras inovadoras de combinar materiais (particularmente hidrogéis).
 
Além disso, os investigadores vão também analisar a ação destes materiais sobre tipos específicos de células estaminais, bem como avaliar a performance destas combinações entre materiais e células em modelos animais. 

Investigador português é caso raro de excelência

 
Questionado sobre a relevância desta bolsa avançada, considerada uma espécie de Prémio Nobel Europeu, Rui L. Reis mostrou-se orgulhoso. “Trata-se de um momento único conseguir algo tão difícil e competitivo e que só está ao alcance dos melhores cientistas da Europa”, admitiu.
 
“Consegui-lo aos 45 anos e tendo sempre trabalhado em Portugal, nunca tendo sido reconhecido pelos 'poderes científicos' instalados e pelas gerações que me antecederam, reforça certamente a importância do feito. Sinto-me orgulhoso e sei que este projeto vai ser muito útil para a minha Universidade e o meu grupo de investigação”, realçou o cientista.
 
As bolsas Advanced Grants são bolsas individuais e unicamente baseadas na excelência científica, sendo que a sua avaliação se baseia em 50% no currículo científico do investigador e 50% na qualidade do projeto a executar. Este apoio destina-se a financiar projetos de investigadores seniores e visam aumentar a competitividade e a visibilidade da investigação Europeia.
 
É, portanto, muito raro que um profissional com apenas 45 anos, como é o caso de Rui L. Lopes, seja agraciado com uma destas bolsas. No final deste ano deverão existir apenas cerca de 1.200 cientistas a nível europeu, de todas as áreas, a ter conseguido uma bolsa Advanced Grants.
 
De acordo com a UMinho, estima-se que, até hoje, apenas cerca de 50 a 60 investigadores portugueses tenham concorrido a este tipo de bolsa, criado em 2008, sendo que esta é apenas a sexta bolsa a ser atribuída a um cientista português.

[Notícia sugerida por David Ferreira]

Comentários

comentários

PUB

Live Facebook

Correio do Leitor

Mais recentes

Passatempos

Subscreva a nossa Newsletter!

Receba notícias atualizadas no seu email!
* obrigatório

Pub

Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saiba mais aqui.

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close