Saúde

Medicina: Alunos da UMinho apoiam idosos isolados

Um grupo de 25 estudantes voluntários de Medicina da Universidade do Minho (UMinho) vai, esta semana, desenvolver um programa de intervenção pioneiro destinado a prestar apoio médico a cerca de duas centenas de idosos isolados.
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Um grupo de 25 estudantes voluntários de Medicina da Universidade do Minho (UMinho) vai, esta semana, desenvolver um programa de intervenção pioneiro destinado a prestar apoio médico a cerca de duas centenas de idosos isolados de cinco aldeias do concelho dos Arcos de Valdevez.
 
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, o Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM), responsável pela iniciativa, explica que a mesma consistirá numa série de visitas ao domicílio a decorrer entre quinta-feira (17) e sábado (20) e que vão incluir rastreios cardiovasculares, identificação de problemas de saúde e mobilidade, avaliação das condições de habitabilidade e o grau de dependência.
 
O objetivo da ação é apoiar uma população que é particularmente suscetível a fatores de fragilidade social, o que coloca em causa a satisfação das suas necessidades mais básicas, como a acessibilidade a cuidados de saúde, a higiene pessoal, o contacto com a civilização, a preparação das refeições diárias, entre outras.
 
“Muitos idosos vivem sozinhos, sem um contacto frequente com familiares, a muitos quilómetros dos centros de saúde, frequentemente sem cobertura telefónica e em locais onde as vias de acessibilidade são mínimas”, salienta Victória de Matos, presidente da comissão organizadora do projeto “Aldeia Feliz”, como foi batizado pelo NEMUM. 
 
“Adicionalmente, a presença de várias comorbilidades é frequente, o que impede o normal desempenho das suas atividades diárias, contribuindo para um estado progressivo de decadência. É neste quadro social que se enquadra o alvo de intervenção deste projeto”, esclarece a coordenadora, que alerta para a situação de desertificação e o envelhecimento de muitas aldeias portuguesas. 


O objetivo da ação é apoiar uma população que é particularmente suscetível a fatores de fragilidade social

 
Ao longo dos quatro dias da iniciativa, os 25 futuros médicos da Universidade do Minho vão fazer a avaliação de múltiplos fatores de risco e determinantes da qualidade de vida de 200 idosos isolados das aldeias de Soajo, Gavieira, Cabreiro, Sistelo e Gondoriz, situadas na zona do Parque Nacional Peneda-Gerês.
 
Os estudantes farão rastreios cardiovasculares, com a medição dos níveis de glicemia, tensão arterial, índice de massa corporal e perímetro abdominal, e levarão ainda a cabo sessões de sensibilização e prevenção para a importância da adoção de comportamentos saudáveis. 
 
Além disso, serão identificados e analisados os principais problemas e queixas dos idosos, as patologias já diagnosticadas e as condições de habitabilidade, através do preenchimento de um formulário que visa a caraterização completa dos pacientes, podendo ser usado para posterior referenciação. 
 
O projeto “Aldeia Feliz” pretende também explicar aos idosos de que forma proceder em situações de emergência, dar-lhes dicas para não confundir a medicação e informá-los devidamente quanto ao tipo de apoio social existente naquela região.
 
Para o último dia está prevista a realização de um convívio com os idosos interessados e a formação de vários grupos de trabalho sobre as temáticas do envelhecimento ativo dinamizados pelos alunos envolvidos. 
 
O NEMUM, fundado em 2002, tem vindo a atuar de acordo com três grandes pilares: a representação dos seus alunos, a intervenção na sociedade e a promoção de uma formação multidisciplinar. O núcleo tem procurado, desde o seu arranque, ter um papel ativo na sociedade e contribuir para uma melhor formação dos seus estudantes.

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