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Mali: Manuscritos milenares salvos das chamas

Milhares de manuscritos milenares - os chamados manuscritos de Timbuktu - foram salvos, no Mali, de um ataque de radicais islâmicos, que ameaçavam destruir os documentos que constituem um verdadeiro tesouro para a Humanidade.
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Milhares de manuscritos milenares – os chamados manuscritos de Timbuktu – foram salvos, no Mali, de um ataque de radicais islâmicos, que ameaçavam destruir os documentos que constituem um verdadeiro tesouro para a Humanidade. Graças à intervenção de um bibliotecário e de um antigo vigilante, que os colocaram em segurança, cerca de 90% do total dos manuscritos puderam ser conservados.
 
A notícia é avançada pelo Wall Street Journal, que escreve que os islamitas tinham prometido incendiar os mais de 100.000 documentos escritos à mão, na Idade Média, e que incluem informações das áreas da medicina, botânica, direito ou astronomia.
 
Antes de abandonar a cidade em consequência da ação militar das tropas francesas, os radicais islâmicos cumpriram com a ameaça, mas conseguiram apenas queimar um número limitado de manuscritos. 
 
Muitos pergaminhos estavam guardados em bibliotecas particulares nas casas dos habitantes de Timbuktu, que os esconderam em locais difíceis de descobrir (desde as próprias paredes a caixas vazias de café solúvel) e os que se encontravam nas bibliotecas públicas foram protegidos por Abdoulaye Cissé  e Abba Alhadi, o primeiro professor de história e bibliotecário, o segundo antigo vigilante.
 
“Sabia o que tínhamos aqui [nas bibliotecas públicas] e soube de imediato que tínhamos de levar tudo” para evitar que os documentos fossem queimados, explicou Cissé, citado pela AFP. Os dois colocaram os manuscritos em carroças puxadas por burros, escondidos com sacos vazios de serapilheira e dirigiram-se até ao rio Níger, onde depositaram os pergaminhos, transportados depois em barcos à cidade de Mopti.
 
Segundo a imprensa internacional, todo o processo demorou duas noites, já que Cissé e Alhadi apenas podiam retirar os documentos do local quando estava escuro para não serem vistos. Depois de chegarem a Mopti, os manuscritos foram levados para a zona de Bamako e colocados, finalmente, a salvo pela universidade da cidade. 
 
Antes de fugirem de Timbuktu, os radicais islâmicos acabaram por invadir a biblioteca mas conseguiram apenas destruir o mobiliário e poucas centenas de documentos que se encontram digitalizados graças à ação dos dois cidadãos.

[Notícia sugerida por Isabel Sousa e Porosidade Etérea]

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