Saúde

Malária: Cientistas lusos descobrem novo tratamento

O controlo da acumulação de ferro nos tecidos do organismo infetado pela malária pode ser a resposta para combater variantes mais agressivas da doença. A descoberta é de uma equipa de cientistas portugueses do Instituto Gulbenkian da Ciência.
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O controlo da acumulação de ferro nos tecidos do organismo infetado pela malária pode ser a resposta para combater variantes mais agressivas da doença. A descoberta é de uma equipa de cientistas portugueses do Instituto Gulbenkian da Ciência (IGC), num estudo publicado no último número da revista Cell Host & Microbe.
 
A malária é causada pela infeção do parasita Plasmodium. Por norma, quando um indivíduo é afetado, o sistema imunitário aciona mecanismo de defesa para eliminar o parasita. Porém, nas variantes mais agressivas da doença estas defesas não são tão eficazes.
 
Em comunicado publicado no site do IGC, a equipa liderada por Miguel Soares explica que “a expressão de um gene que neutraliza o ferro dentro das células, designado por H Ferritina, reduz o stress oxidativo prevenindo danos no tecido e morte do organismo infetado”.
 
Assim, um simples mecanismo que controla a acumulação de ferro nas células afetadas fornece ao organismo as ferramentas necessárias para combater com mais eficácia as formas severas da malária, constituindo-se como a base para novos tratamentos para esta patologia, que mata três milhões de pessoas por ano.
 
Efeitos secundários do novo método

Embora o estudo tenha revelado avanços importantes no combate à malária, os cientistas alertam para os efeitos secundários deste tratamento. “Esta estratégia de defesa tem um preço, nomeadamente a acumulação de ferro em tecidos e órgãos do organismo infetado. Isto pode conduzir a danos nos tecidos, potenciando a severidade da doença em vez de a reduzir”.
 
Face a este problema, foram testadas, em laboratório, soluções em através da indução da expressão de H-Ferritina no organismo, que elimina o ferro do tecido. Analisados os dados, os investigadores tentaram perceber se esta relação entre o grau de severidade da malária e os níveis de Ferritina também existe em humanos.
 
“Os indivíduos infetados que tinham os níveis mais altos de Ferritina apresentaram formas menos severas da doença. Estas observações, em conjunto com os resultados obtidos nos ensaios em laboratório, mostram que a Ferritina confere proteção à malária sem interferir diretamente com o parasita que causa a doença, ou seja, a Ferritina confere tolerância à malária”, concluem os cientistas. 

Clique AQUI para aceder ao comunicado.

 
 

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