Ambiente

Lisboa apoia taxistas que adquirirem carros elétricos

Com o objetivo de reduzir a poluição do ar na cidade, a câmara de Lisboa pretende ajudar os taxistas a trocarem a frota mais antiga por carros elétricos, tendo anunciado que vai estar disponível para financiar em 3.000 euros cada veículo novo.
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Com o objetivo de reduzir a poluição do ar na cidade, a câmara de Lisboa pretende ajudar os taxistas a trocarem a frota mais antiga por carros elétricos, tendo anunciado que vai estar disponível para financiar em 3.000 euros cada veículo novo até um máximo de 20 carros.
 
Fernando Nunes da Silva, vereador da Mobilidade de Lisboa, contou à Lusa que a proposta que vai apresentar à autarquia “considera um apoio de três mil euros por cada táxi antigo que seja substituído por um elétrico, até um total de 10 veículos para cada associação de táxis: ANTRAL e Federação Portuguesa do Taxi”.
 
Contactado por aquela agência noticiosa – que tentou também sem sucesso contactar o presidente da ANTRAL, Florêncio Almeida -, o presidente da Federação Portuguesa de Táxi, Carlos Ramos, mostrou-se satisfeito com a proposta da câmara.
 
No entender do responsável, esta é uma proposta “interessante” e Carlos Ramos disse estar “convencido de que se vai conseguir chegar a bom porto”. O dirigente admitiu que 10 carros são “uma gota de água”, mas que a medida “é sempre uma ajuda”.
 
“Em toda a cidade de Lisboa devem haver uns 700 a 800 carros antigos que é necessário substituir, sendo que cerca de 300 serão da Federação e os restantes da ANTRAL”, revelou o presidente da associação.
 
Governo precisa de tomar medidas, defende vereador
 
No âmbito da luta contra a poluição, a câmara introduziu as Zonas de Emissão Reduzida (ZER) em Lisboa, que proíbe a circulação a veículos anteriores a 1992 nas áreas delimitadas pela Avenida de Ceuta, Eixo Norte-Sul, Avenida das Forças Armadas, Avenida Estados Unidos da América, Baixa e Avenida da Liberdade.
 
Entretanto, a autarquia alargou a restrição entre a Baixa e a Avenida da Liberdade aos veículos anteriores a 1996, mas, durante todo o processo, que se iniciou em julho de 2011, os taxistas lisboetas continuaram a circular em toda a cidade sem restrições por nunca terem conseguido meios para regularizar a situação, realidade que mereceu fortes críticas por parte de Nunes da Silva.
 
“O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) ainda não homologou as tabelas para a norma euro. E isto há mais de dois anos”, frisou o vereador, indicando que 25% do tráfego da Baixa são táxis.
 
“E mais: o IMT não queria licenciar os carros eléctricos para táxi porque não têm pneu sobresselente, mas um sistema que os permite andar 30 quilómetros com um furo. No entanto, licencia carros com mais de 20 anos porque já têm pneu sobresselente”, acrescentou.
 
O vereador teceu ainda críticas à atuação da secretaria de Estado dos Transportes, defendendo que é “inadmissível” que aquela entidade tenha por assinar há cerca de um ano uma portaria que impede a importação de carros com mais de 20 anos para servirem de táxi. 
 
“Se o Governo não tomar a sua parte para garantir meios para a fiscalização, importação e rigor nos centros de inspeção, então é muito difícil”, sublinhou Nunes da Silva.

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