Ciência

Já chegaram os painéis solares autocolantes

Um grupo de engenheiros da Universidade de Stanford, nos EUA, desenvolveu uma tecnologia que permite criar painéis solares finos, flexíveis e autocolantes, que se podem colar em qualquer superfície, desde simples cartões-de-visita a janelas.
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Pode ser a revolução da energia fotovoltaica. Um grupo de engenheiros da Universidade de Stanford, nos EUA, desenvolveu uma tecnologia que permite criar painéis solares finos, flexíveis e autocolantes que se podem colar em qualquer superfície, desde simples cartões-de-visita a janelas.

Uma das principais desvantagens dos painéis solares sempre foi a sua rigidez que limita a sua aplicação a determinadas superfícies. O sonho de qualquer engenheiro, seria ter à mão painéis leves e flexíveis que se pudessem adaptar. Um sonho que agora se torna realidade com a tecnologia desenvolvida pela equipa de Stanford e que foi divulgada na edição de dezembro do jornal Scientific Reports.

Esta nova tecnologia vai permitir a utilização de energia solar em muitas situações onde, anteriormente, era impossível. Num artigo divulgado pela universidade, Chi Hwan Lee, coordenador desta investigação, explica que este processo – que não retira qualquer capacidade às células fotovoltaicas – é simples e barato.

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Para produzir estes autocolantes fotovoltaicos, os engenheiros criam uma espécie de sandes feita de silicone, dióxido de silicone e metal. Para isso, colocam primeiro uma película de níquel sobre uma bolacha com duas camadas de silicone. Uma fina película com células solares é, depois, depositada na camada de níquel e coberta com um filme protetor. Por fim, os investigadores colocam uma fita térmica sobre a película de células fotovoltaicas, para poderem fazer a sua transferência para outras superfícies.

Depois destas camadas, a célula solar fica pronta a ser descolada, bastando para isso colocá-la sob água a temperatura ambiente, um processo que vai separar o níquel da superfície de silicone, libertando as células da bolacha rígida. Durante os testes, a equipa provou que o processo usado não afeta minimamente o funcionamento das células. Além disso, dizem os investigadores, não há desperdícios uma vez que a bolacha de silicone pode voltar a ser usada para criar novas células autocolantes.
 
No comunicado da universidade, a equipa salienta que, ao contrário de outras investigações nesta área, esta investigação baseia-se apenas em técnicas e produtos que já existem pelo que a sua comercialização será muito simples e de baixo custo.

As novas células fotovoltaicas autocolantes poderão ser usadas por exemplo em capacetes, janelas convexas, equipamentos eletrónicos, ou seja, “em qualquer lado”, conclui Xiaolin Zheng, uma investigadora que integra a equipa de Chi Hwan Lee.

Clique AQUI para ler o artigo da Universidade de Stanford.

[Notícia sugerida por Vitor Fernandes]

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