Uma universidade das Canárias em conjunto com várias entidades madeirenses estão a colaborar numa investigação que pretende criar um inseticida, com base em plantas da Ilha da Madeira, para combater o mosquito da dengue.
Uma universidade das Canárias em conjunto com várias entidades madeirenses estão a colaborar numa investigação que pretende criar um inseticida, com base em plantas da Ilha da Madeira, para combater o mosquito da dengue. O anúncio foi feito pelo diretor regional da Agricultura à agência Lusa.
A investigação, que decorre desde 2007, incide sobre várias plantas da flora madeirense como abacateiro, alecrim da serra, cabreira, cedro da Madeira, faia das ilhas, folhado, hortelã de cabra, losna loureiro, madre de louro, pau branco, perado, perpétua branca, seixeiro, vinhático, til e erva caninha.
Em declarações à Lusa, Bernardo Araújo, diretor regional da Agricultura madeirense, explica que o objetivo desta investigação é “aferir se é possível encontrar na natureza, na Madeira, seja em plantas endémicas, seja em plantas introduzidas, algumas substâncias que tenham efeito inseticida relevante para o combate ao mosquito”.
Para já, Bernardo Araújo adiantou que os testes realizados com os extratos de uma planta foram negativos, mas estão a aguardar os resultados referentes a outras quatro plantas.
Apesar dos primeiros resultados, o responsável regional da Agricultura salienta que este é “um trabalho de paciência e moroso, quer na base da recolha de extratos, quer na parte de laboratório, mas temos alguma esperança de que ainda se venha a obter resultados positivos”.
Este projeto está a ser financiado, na totalidade, pela União Europeia e envolve a Direção Regional da Agricultura, a Câmara Municipal do Funchal, o Instituto de Administração da Saúde (IASAUDE) e a Universidade de La Laguna, nas Canárias.
De acordo com os últimos dados divulgados, na quarta-feira passada, pelo diretor-geral da Saúde, Francisco George, estão confirmados em laboratório 669 casos de dengue na Madeira, tendo ocorrido no total 1.357 casos.
[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]
