Saúde

Hospitais: Lisboa tem novo centro para reduzir infeções

Já está em funcionamento o primeiro centro de reprocessamento e esterilização de dispositivos médicos em regime de 'outsourcing' em Portugal cujo objetivo é reduzir a taxa de infeções hospitalares com bactérias e vírus como o ébola ou a legionella.
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Já está em funcionamento, em Lisboa, o primeiro centro de reprocessamento e esterilização de dispositivos médicos em regime de 'outsourcing' em Portugal. O objetivo do CENES é ser um aliado na redução da taxa de infeções hospitalares com vírus e bactérias como o ébola ou a legionella.
 
Embora tenha começado a laborar em Maio, o centro de esterilização foi oficialmente inaugurado na passada sexta-feira. Com uma ação que cobre uma área geográfica com um raio de 60 quilómetros, este novo organismo resultou de um investimento inicial de dois milhões de euros.  
 
De acordo com informações cedidas ao Boas Notícias, o CENES, que já criou 32 postos de trabalho, tem capacidade para reprocessar 1,5 milhões de litros de dispositivos médicos, possibilitando às unidades hospitalares – públicas ou privadas – a rentabilização de espaços e recursos e ajudando a proteger os utentes.
 
O centro foi totalmente equipado pela STERIS, empresa líder de mercado a nível mundial em equipamentos e serviços de reprocessamento e esterilização, dispondo de uma solução avançada de descontaminação para lavagem e desinfeção de contentores, carros hospitalares e outros dispositivos de transporte em unidades de saúde. 
 
Além disso, o CENES disponibiliza também uma tecnologia exclusiva de biodescontaminação em ambientes hospitalares que está a ser utilizada pelas autoridades médicas nos locais onde foram tratados pacientes com ébola e que pode contribuir para evitar a difusão deste tipo de vírus. 

Infeções hospitalares em Portugal são o dobro da média da UE

 
Atualmente, a taxa de infeções hospitalares em Portugal é o dobro da média europeia (10,5% em Portugal para 5,7% na UE), o que significa que um em cada 10 pacientes atendidos nas unidades de saúde nacionais é infetado com uma bactéria ou vírus por conta de dispositivos médicos mal reprocessados ou contaminados.
 
Face a esta situação, o CENES propõe-se reduzir “os riscos de infeção hospitalar”, diminuindo, ao mesmo tempo, os gastos a que os hospitais (em especial, os públicos) são obrigados para proceder à esterilização dos materiais hospitalares para que estes possam ser reutilizados.
 
“Com uma taxa média de infeção em Portugal superior à média europeia, é evidente que existe um caminho de melhoria a percorrer, em conjunto com todos os intervenientes no setor da saúde, no papel que cada um desempenha, nomeadamente no reprocessamento de dispositivos médicos”, afirmou, durante a inauguração, Pedro Rodrigues, diretor geral do CENES.
 
Segundo o responsável, é essencial “que a esterilização seja vista como uma atividade integrada na cadeia de valor de cada unidade de saúde, como uma das operações de suporte fundamentais para a redução da taxa de infeção”. 
 
Por enquanto, o CENES vai operar, apenas, na área de Lisboa, mas já há planos de expansão dos seus serviços para todo o país, prevendo-se a abertura, no futuro, de novos centros no Norte, Sul e Ilhas.
 
O centro de esterilização deverá, também, apostar na internacionalização, contando chegar a Angola e Moçambique nos próximos cinco anos.

Clique AQUI para aceder ao site oficial do CENES.

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