Saúde

Gulbenkian avança na origem de tumores

NULL
Versão para impressão
Uma equipa de cientistas do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em Lisboa, identificou uma ligação inesperada entre o esqueleto da célula e o tamanho dos órgãos do corpo. A descoberta, publicada na edição de junho da revista Development, poderá contribuir para a compreensão, e talvez prevenção, da origem dos tumores.

O estudo do IGC revela que “uma das proteínas que regula o esqueleto da célula também influencia a ativação de genes que promovem a sobrevivência e proliferação das células”, o que permitirá compreender melhor de que forma os genes de proliferação são indevidamente ativados, dando origem a tumores.

“À medida que um embrião se desenvolve, as suas células multiplicam-se e os órgãos crescem. Para que os órgãos não ultrapassem as dimensões do corpo em que se encontram, o seu crescimento é rigorosamente controlado, a vários níveis. Um dos principais reguladores é o complexo Hippo”.

Na ausênica da atividade de Hippo os órgãos crescem mais do que é suposto e, conforme explica a equipa de investigadores em comunicado, “este crescimento anómalo e extemporâneo pode levar à formação de tumores”, na fase adulta.

O grupo de Florence Janody conseguiu perceber que Hippo também é regulado pelo esqueleto da célula (citoesqueleto), mais propriamente por uma das suas proteínas, que em Inglês tem o nome de actin-capping protein.

Através de experiências realizadas em larvas da mosca da fruta, os investigadores mostraram que quando as actin-capping proteins são inativadas “há um crescimento excessivo na zona do embrião, formando-se estruturas semelhantes a tumores”.

Segundo explica Florence Janody em comunicado, “os resultados mostram que, para evitar crescimento anormal em larvas de mosca da fruta, o citoesqueleto tem que estar finamente regulado: basta uma ligeira desregulação e o equilíbrio é alterado, levando à proliferação celular, nem sempre desejada”.

“É previsível que o que descobrimos possa ajudar a desenhar estratégias para manipular este processo em células humanas, com vista à prevenção de tumores, ou à sua progressão”, acrescenta a investigadora.

Clique AQUI para aceder ao sumário do artigo publicado na revista Development.

[Esta notícia foi sugerida por Raquel Baêta]

Comentários

comentários

PUB

Live Facebook

Correio do Leitor

Mais recentes

Passatempos

Subscreva a nossa Newsletter!

Receba notícias atualizadas no seu email!
* obrigatório

Pub

Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saiba mais aqui.

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close