Saúde

Gene protege as mulheres latinas do cancro da mama

Uma variante do genoma humano conhecido como Poliformismo de um único nucleótido (PUN) confere uma proteção significativa do cancro da mama na mulheres de origem latina.
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Uma variante do genoma humano conhecido como Poliformismo de um único nucleótido (PUN) confere uma proteção significativa do cancro da mama na mulheres de origem latina, num estudo publicado na revista científica Nature Communications na passada segunda-feira.
 
A investigação, liderada pela Universidade da Califórnia (UC), mostrou que as mulheres portadoras da variante do PUN têm um tecido mamário que parece menos denso em mamografias, fator que diminui o risco de surgimento do cancro da mama.
 
Elad Ziv, professor de medicina e autor sénior do estudo, referiu no comunicado da UC que o “o efeito [da variante] é bastante significativo”. 
 
“Se se tem uma cópia desta variante, que é o caso de 20% das mulheres latinas nos EUA, há uma probabilidade de menos 40% de desenvovimento de cancro da mama. Se se tiver duas cópias da variante, o que ocorre em cerca de 1% da população latina dos EUA, a redução de risco está na ordem dos 80%”, explicou ainda Elad.

Para corroborar estas conclusões, os investigadores realizaram análises de associação genómica ampla e cruzaram-nos com estudo sobre cancro da mama em mulheres colombianas, totalizando 3.140 mulheres com este tipo de cancro e 8.184 saudáveis.

O PUN recentemente descoberto encontra-se no cromossoma 6, perto de um gene que codifica para um recetor de estrogénio conhecido como ESR1. A variante do PUN interfere com a ação de fatores de transcrição, ao nível das proteínas que regulam a expressão do ESR1.

 
Dados do National Institute of Cancer, EUA, mostraram que, entre 2007 e 2009, as mulheres caucasianas tinham uma probabilidade de 13% de desenvolver cancro da mama, as mulheres negras ficaram pelos 11% e as de origem hispânica menos de 10%. As últimas, se tiverem ascedência indígena, correm um risco ainda menor.
 
“Se pudermos usar estes resultados para compreender como proteger o recetor de estrogénio, seria interessante e importante”, explicou Ziv.

A equipa de Elad Ziv estudou durante vários anos a possibilidade de haver razões genéticas e biológicas que levassem a um aumento de casos de cancro da mama em populações europeias. A conclusão foi a de que há uma variante protetora em populações nativas americanas e latinas.

Clique AQUI para aceder ao comunicado completo. 

Notícia sugerida por Maria da Luz e Vítor Fernandes

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