Saúde

Fisioterapia a baixo custo com aplicação portuguesa

Um aluno e um professor de Portalegre desenvolveram uma aplicação informática que permite às pessoas com deficiência efetuarem exercícios físicos a baixo custo e a partir de casa, necessitando somente de um computador.
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Um aluno e um professor de Portalegre desenvolveram uma aplicação informática que permite às pessoas com deficiência efetuarem exercícios físicos a baixo custo e a partir de casa, necessitando somente de um computador dotado com uma câmara “web”.
 
O software Fisiosoft foi criado por João Tavares, antigo aluno do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) e o João Fradinho Oliveira, docente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre. De acordo com o que o jovem disse à agência Lusa, o projeto foi lançado em 2011 e surgiu no âmbito de uma cadeira universitária.
 
O Fisiosoft é uma aplicação informática que pode ser associada a exercícios terapêuticos de fisioterapia, em diferentes vertentes da componente neuromusculoesquelética. Segundo João Tavares, natural de Marvão, o sistema, que até já foi apresentado em Amesterdão, na Holanda, funciona através de marcadores circulares refletores que são colocados no corpo e identificados pelo software com recurso a uma “webcam”.
 
“É possível desenvolver, através do Fisiosoft, um treino de coordenação motora, treino de equilíbrio, estimulação sensorial e cognitiva”, explicou o ex-aluno do IPP. O programa pode ser aplicado no decorrer de uma sessão de fisioterapia ou mesmo em casa, pelo próprio paciente, embora, neste caso, apenas numa fase “mais avançada” da recuperação.

Programa é um complemento à fisioterapia convencional

 
“Este programa não substitui a fisioterapia”, esclareceu João Tavares. O seu objetivo é, em vez disso, servir como “um complemento que poderá ser usado em casa ou em unidades de saúde, diminuindo os gastos e os tempos despendidos em viagens entre hospital e casa”, apontou.
 
Através do software, o terapeuta pode construir exercícios de movimentos à base de sequências de círculos em que o paciente tem que centrar o marcador em cada círculo desenhado no ecrã, explicou o engenheiro informático. 
 
Além disso, os especialistas que acompanhem o paciente podem registar o tempo que este demora a completar os exercícios e aumentar gradualmente o nível de dificuldade do mesmo, mudando as dimensões do círculo de resposta que o sistema mostra quando está a reconhecer o marcador.
 
Esta aplicação interativa, desenvolvida também com o contributo de um fisioterapeuta, permite, assim, potencial a aquisição e melhoria de capacidades cognitivas e motoras, podendo integrar diferentes metodologias.
 
O Fisiosoft já foi testado por um pequeno grupo de pessoas e foi, inclusive, distinguido pela Associação Salvador com o prémio “Ser Capaz – Investigação e Tecnologia”.

Embora ainda não esteja no mercado, o programa, garante João Tavares, vai ser testado e melhorado com vista à sua comercialização, sendo encarado como um projeto “com futuro”.

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