Saúde

Fármaco inovador usa “golpe duplo” contra leucemia

Um fármaco único desenvolvido por uma equipa do Institute of Cancer Research (ICR), no Reino Unido, surge como uma nova esperança no tratamento da leucemia mielóide aguda ao utilizar um "golpe duplo" para matar as células doentes.
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Um fármaco único desenvolvido por uma equipa do Institute of Cancer Research (ICR), no Reino Unido, surge como uma nova esperança no tratamento da leucemia mielóide aguda ao utilizar um “golpe duplo” para matar as células doentes, combatendo a resistência que habitualmente torna os medicamentos ineficazes.
 
De acordo com comunicado do ICR, cerca de 30% dos pacientes que sofrem deste tipo de cancro têm falhas no gene FLT3, associadas a leucemias mais agressivas e a um curto tempo de vida após o diagnóstico. Embora existam fármacos destinados a atuar sobre essas falhas, a doença tende a desenvolver resistência e, portanto, o processo de tratamento fica comprometido.
 
Porém, os investigadores daquele instituto britânico criaram um medicamento inovador que ataca as células da leucemia mielóide aguda em duas frentes: ao mesmo tempo que bloqueia a proteína chave da doença, a Aurora quinase, é também capaz de travar a proteína produzida pelo gene FLT3 defeituoso, ambas envolvidas no crescimento do cancro.
 
Além disso, o medicamento tem também a capacidade de destruir as células mesmo que estas desenvolvam novas falhas nos genes FLT3, o que as tornaria resistentes a outros inibidores. Segundo os cientistas envolvidos na investigação, o fármaco levou à remissão completa em metade dos animais tratados, um valor 25% superior ao registado com outro medicamento existente que apenas bloqueia o FLT3.
 
“O nosso medicamento tem o potencial de superar a resistência criada pelas células afetadas e tem uma gama diversificada de utilizações possíveis na leucemia mielóide aguda, podendo funcionar como primeira linha de ataque para pacientes com FLT3 defeituosos, em particular em pessoas com mais de 60 anos que não toleram bem a quimioterapia, e também para tratar pacientes com leucemia que sofreram uma recaída”, explica Spiros Linardopoulos, coordenador do estudo.
 
O otimismo em relação a este novo tratamento é partilhado pelos outros investigadores envolvidos no estudo, entre os quais Paul Workman. “Estamos entusiasmados com o potencial do novo fármaco do 'golpe duplo' e estamos a preparar-nos para passar aos ensaios clínicos com doentes para testar a sua eficácia”, adiantou o especialista.

Clique AQUI para aceder ao comunicado do ICR e AQUI para ter acesso ao estudo publicado na revista científica “Leukemia” (em inglês). 

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